Os transtornos de humor são difíceis de tratar por dependerem de alguns fatores específicos, como a aceitação do problema, busca de ajuda profissional e adaptação à medicação
Para dar seguimento à série de textos que dissertam sobre as doenças responsáveis por afastar os trabalhadores brasileiros, a equipe do SOC Blog publica o seu quarto post falando sobre os transtornos de humor. Respaldado por dados do Ministério da Previdência Social, o portal IG publicou um levantamento com as 10 doenças que, no período de um ano, ocasionaram afastamentos com duração superior a 15 dias. Ao fazer essa pesquisa não foi considerada se a origem da enfermidade poderia ou não ser ocupacional. Em primeiro lugar ficaram as dores nas costas, em segundo os joelhos e em terceiro as hérnias inguinais.
Segundo o portal da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) os transtornos de humor são as alterações muito intensas do humor, energia, sentimentos, pensamentos e comportamentos da pessoa durante um curto período de tempo. Os estados variam entre a euforia e a depressão, podendo causar confusão entre a pessoa e os seus familiares. O mau humor também é uma característica dessa enfermidade.
Os transtornos de humor afetam a vida da pessoa, incluindo o aspecto profissional. Nesse caso, o que a doença pode gerar é um desgaste entre os colegas de trabalho. A página orienta que, se o trabalhador julgar necessário e se sentir confortável com isso, deve buscar os seus superiores e relatar o problema. É essencial estar preparado para perguntas relacionadas à doença e é imprescindível avaliar o ambiente de trabalho antes de fazer qualquer movimento nesse sentido, já que pode ocasionar a exposição do próprio funcionário.
As causas estão ligadas à vulnerabilidade genética, estresse, uso de drogas, dificuldades financeiras entre outras, de acordo com o portal da ABRATA. Geralmente, os transtornos de humor estão ligados a grandes acontecimentos, que acabam desestabilizando emocionalmente aqueles que tem a tendência de desenvolvê-los. O resultado disso é um desequilíbrio químico dos neurotransmissores, localizados no cérebro.
A ABRATA esclarece que o tratamento une remédio e terapia, fornecendo amparo químico ao cérebro e psicológico para o paciente. A partir dessa perspectiva, a recuperação é mais eficaz e abrangente. Porém, o sucesso do processo depende da aceitação da doença e da adaptação do organismo ao medicamento, que pode variar muito. O site dá o exemplo de que ocorrem mais mortes devido aos transtornos de humor não tratados do que homicídios ou hipertensão. Por isso, há o incentivo para buscar o tratamento o mais rápido possível e assumir a doença para conseguir superá-la.
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