A data representa um símbolo da luta dos trabalhadores brasileiros por melhorias nas condições de saúde, segurança e medicina no trabalho
Durante a primeira metade do século XX, o mundo passou por uma fase de desenvolvimento econômico. No Brasil, imigrantes, empresas estatais e governos davam conta da expansão fabril da Construção Civil nas regiões Sul e Sudeste do território brasileiro. Este crescimento só foi possível graças à mão-de-obra operária, que na época tinha pouco respaldo legal no que se refere às condições de segurança, saúde e medicina no trabalho. Em seguida, a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) reconheceu várias profissões, garantindo os primeiros direitos legais aos trabalhadores. Desde então, o país estabelece novas leis e normas que dão providência à prevenção de acidentes nos mais variados segmentos.
Segundo estimativas do início da década de 70, 1,7 milhão de acidentes ocorriam anualmente e 40% dos profissionais sofriam lesões e afastamentos. De olho nesses números, o Banco Mundial resolveu tomar medidas drásticas para tentar reverter esse quadro. Caso o Brasil não diminuísse as estatísticas, os fundos para todo o desenvolvimento seria cortado. Como resultado, houve a publicação das portarias 3236 e 3237, em 27 de julho de 1972. Júlio Barata, então ministro do Trabalho, assumiu tais portarias, que regulamentavam a formação técnica em Segurança e Medicina no Trabalho. Ele também deu início a um processo de modernização do artigo 164 da CLT, que discorre sobre as condições empresariais em relação à saúde, segurança, atuação e formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Hoje o trabalhador desfruta de meios legais que promovem a proteção, prevenção, comunicação e cuidados às suas atividades ocupacionais. Mas ainda existe muito trabalho neste sentindo, pois o Brasil passa por uma nova fase de aceleração econômica, com a retomada dos investimentos em portos, aeroportos, estradas, ferrovias, setor naval e Construção Civil de forma geral. Além disso, existe uma preocupação com a saúde e segurança dos trabalhadores que estão longe dos centros urbanos, como aqueles que atuam na agricultura, pecuária e mineração. Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes ocupacionais somam anualmente quase dois milhões de mortes no mundo.
“O Brasil foi o primeiro país a exigir um serviço de Segurança e Medicina do Trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Foi o passo mais importante daquele dia 27 de julho de 1972. Por isso que a data é tão especial para nossos trabalhadores. Era um tempo de fragilidade, onde o número de acidentes era tão grande e pressões exigiam rápida redução. Hoje, ações colaboram com a extinção de acidentes diariamente. A equipe do SOC – Software Integrado de Gestão Ocupacional faz sua homenagem ao Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, comemorado em 27 de julho”, parabeniza Alexandre Ehrenberger, diretor executivo da AGE Technology, empresa mantenedora do produto.
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Se faz necesário que façamos algo palpável divulgando a área prevencionista em nível mundial. Há muito o que se fazer de forma efetiva. A minha contribuição poderá ser doações de exemplares do livro “Cyberpreview, a cibernética aplicada a prevenção de erros e falhas”, edit. Nelpa (SP), quando o autor aborda de forma inédita a prevenção e possbilidades de minimização do índice de mortes de trabalhadores durante o seu trabalho.