As LER/Dort se desenvolvem a partir da repetição de movimentos, sendo muito comuns em profissionais que atuam por muito tempo em frente ao computador
As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), de acordo com o portal de notícias Folha Online, englobam cerca de 30 doenças, sendo a tendinite, tenossinovite e bursite as mais conhecidas, além de serem responsáveis por alterações das estruturas osteomusculares (tendões, articulações, músculos e nervos). O problema é normalmente provocado por atividades desempenhadas no trabalho e envolvem o uso intenso do sistema músculo-esquelético, gerando muita tensão e desgaste ao trabalhador.
Segundo o portal, a repetição de atividades aliada à postura incorreta, geralmente com excesso de força, pode obstruir a circulação sanguínea, comprometendo a irrigação das artérias e nervos e gerando a fibrose, que desencadeia uma série de processos inflamatórios. A desorganização, mobiliário inadequado, repetição de atividades, cobrança por produtividade, pressão e sobrecarga física são os principais fatores que ajudam no desenvolvimento das LER/Dort. Trabalhadores expostos à longas jornadas em computadores ou escrevendo tendem a desenvolver a doença, já que acabam forçando muito as mãos e pulsos.
O primeiro sinal das LER/Dort é a dor, seguida de formigamento, fraqueza para segurar os objetos e insensibilidade, explica a Folha Online. Ao todo são quatro fases: a primeira representa as dores durante os movimentos, sem que o paciente consiga identificar o local exato da dor. A segunda fase se caracteriza pela persistência da dor, com mais intensidade, e até esse ponto a lesão é reversível. Na terceira, a doença torna-se crônica, com perturbações durante o sono e as inflamações apresentam processo degenerativo. Nessa fase, a dor é sentida em pontos definidos de maneira ininterrupta, mesmo depois de longos períodos de repouso. Já na quarta e ultima fase, a região afetada pode apresentar deformidades, inchaços e perda de força. A dor pode se tornar insuportável e atividades corriqueiras podem se tornar impraticáveis. Em alguns casos, de acordo com a Folha, é comum que os pacientes recebam doses de injeções com morfina para aliviar a dor. Já em casos mais extremos, pode ser recomendada até uma intervenção cirúrgica.
O tratamento, ainda de acordo com o portal, é interdisciplinar unindo o acompanhamento médico, terapia ocupacional, acupuntura, fisioterapia e, em casos que apresentam indícios de depressão, é aconselhável a assistência psicológica. O uso de anti-inflamatórios, receitados por médicos, ajudam a atenuar as dores. A partir do terceiro estágio, é aconselhada a prática da hidroterapia, com caminhadas, pois essas atividades liberam endorfina, que relaxam o corpo e aliviam as dores. O uso de munhequeiras deve ser recomendado por um especialista, já que se for mal colocada pode gerar ainda mais dores.
Prevenção
Para prevenir as LER/Dort, o ideal é cuidar da ergonomia do trabalhador e pensar com cautela na organização e lógica da execução do trabalho, evitando que o colaborador force o corpo. As dicas fornecidas pela Folha envolvem o mobiliário e maquinário devem permitir adaptações de altura, regulagem de distância e elementos que propiciem a postura ideal para quem estiver operando. Evitar a sobrecarga também ajuda, porém caso isso seja inevitável, a empresa deve oferecer meios de compensar o esforço. Um sistema eficiente é trabalhar por 50 minutos seguidos e pausar por 10 minutos, fazer massagens na região afetada, alongamentos e movimentações do corpo são aconselháveis. Assim, o próprio funcionário consegue proporcionar uma melhor irrigação nos tecidos inativos e descansar os tecidos ativos. Caso o trabalhador exerça as suas atividades em pé, ele deve procurar sentar e descansar seus pés e pernas por alguns minutos.
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Acho que outra forma de prevenir a LER seria dando equipamentos de boa qualidade para trabalhadores. E também deve haver a conscientização dos funcionários quanto ao esforço excessivo e repetitivo.
para que o LER/Dort o ideal é cuidar da ergonomia do trabalhador e pensar com cautela na organização e lógica da execução do trabalho, evitando que o colaborador force o corpo
o trabalhador não deve ter medo do seu chefe em uma ocasião dessa, saúde em primeiro lugar.