O cuidado com a integridade dos colaboradores de uma empresa é a preocupação que norteia dos gestores e profissionais em Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Uma classe de riscos que pode atrapalhar esse zelo e trazer muito perigo ao ambiente de trabalho é a de riscos químicos e, por isso, trouxemos um artigo para falar em mais detalhe sobre eles.
Abaixo você encontrará as características, os possíveis malefícios para a saúde e algumas dicas que vão ajudar você a executar a prevenção contra essa forma de risco para seus clientes. Lembrando que as informações deste texto dizem respeito, também, a obrigações legais com as quais uma empresa precisa cumprir para estar regular perante as regras do Governo. Com isso em mente, desejamos a você uma boa leitura deste conteúdo!
O que são riscos químicos?
Riscos químicos são as substâncias, em quaisquer estados, que podem trazer complicações para a saúde da equipe de alguma empresa — as quais variam entre sintomas mais leves até a incapacitação ou até mesmo o óbito de pessoas do time. Por isso, é fundamental proteger os funcionários de qualquer interação direta com esses elementos, o que, inclusive, é requerido pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Um exemplo prático de risco químico são os fumos que saem de uma peça de aço recém-fundida, cuja aspiração pode causar problemas para o pulmão e, posteriormente, para outros órgãos no corpo. Existem diversas formas de riscos químicos, e cada uma demanda uma série de cuidados específicos para controlá-las. Por conta disso, é importante que você entenda os tipos e as apresentações no meio ambiente desses agentes com potencial danoso.
Como os riscos químicos se apresentam?
É possível classificar os elementos de risco de acordo com os diversos estados da matéria, além de suas misturas e interações com o ambiente.
É importante notar que existe a chance de um composto ser armazenado de forma a oferecer risco químico mínimo ou zero (como cilindros de cobre em estado sólido, por exemplo). Mesmo assim, pode haver processos na empresa que alteram seu estado e, assim, representam perigo para a equipe envolvida na transformação desse material, o que demanda atenção redobrada na hora de classificar esses riscos.
Riscos sólidos
Riscos sólidos são aqueles que, em condições normais do ambiente, estão em um estado em que as moléculas formam uma rede estável e imune a deformações. Os principais riscos considerados como sólidos são os fumos, as poeiras, as fibras, a serragem e outras substâncias similares. A proteção contra esse tipo de risco químico envolve o uso de máscaras e proteções para os olhos.
Riscos líquidos
Em comparação com a anterior, esta apresentação se dá quando, em CNTP, o composto está na forma líquida, na qual as moléculas se deformam, mas mantêm a coesão e não se dispersam livremente pelo ambiente. Assumimos como riscos líquidos os vapores, o petróleo e seus subprodutos, as névoas, as neblinas, entre outros.
Riscos gasosos
Aqui, nós tratamos dos elementos cuja apresentação para o colaborador se dá por meio da forma de gases, em que a ligação molecular do composto é tão elástica que permite seu espalhamento total pelo ambiente. Gases como hélio, nitrogênio, dióxido de carbono e benzeno são classificados aqui.
Quais complicações os riscos químicos podem trazer?
Agora que você está ciente das formas nas quais podemos encontrar os riscos no ambiente de trabalho, vamos entender melhor como esses elementos afetam a saúde do colaborador de uma empresa. Confira alguns efeitos na lista a seguir:
- irritação das vias aéreas: ocorre quando a pessoa aspira o composto e, ainda que este prejudique diretamente o pulmão, os tubos respiratórios ou as cavidades nasais, seus efeitos podem prejudicar outros sistemas;
- asfixia: é a enfermidade que decorre de alguns riscos químicos cujo efeito no corpo leva à desoxigenação do sangue;
- intoxicação: desenvolve-se quando o colaborador ingere ou aspira uma substância tóxica, que pode ter efeitos muito danosos a diferentes órgãos vitais;
- depressão do Sistema Nervoso Central: a interação direta com riscos gasosos costuma causar esse efeito, cujos impactos, para outras áreas do corpo, podem ser devastadores;
- irritação ou corrosão de pele e olhos: trata-se do contato com um produto químico que leva à ardência e à coceira de uma região ou até a danos irreversíveis;
- cancerígeno: entrar em contato com algumas substâncias pode levar à formação de tumores (malignos ou não) ou ao aumento no espalhamento destes pelo corpo.
Como posso proteger os colaboradores de uma empresa?
Como dissemos acima, além de ser uma exigência da lei, colaboradores precisam ser providos de condições para impedir ou controlar a exposição deles aos riscos químicos, pois todos têm um alto potencial danoso para a saúde. Veja, a seguir, algumas das medidas que você pode tomar enquanto profissional de SESMT.
Oferta e manutenção de EPIs
Os Equipamentos de Proteção Individual são fundamentais para a proteção dos colaboradores. Luvas, máscaras e óculos de proteção são alguns dos principais. Além da oferta ampla desses produtos, você precisa realizar a manutenção regular deles.
Prevenção a riscos
Com os riscos na ponta do lápis, fica difícil de ocorrer algum imprevisto. Por isso, é de suma importância que a sua equipe elabore um mapa de riscos completo da empresa, procurando tomar as medidas necessárias a partir de dados concretos relativos à exposição a cada tipo de risco.
Metrificar a exposição
Com tudo planejado, ainda pode haver exposições imprevistas aos riscos químicos. Portanto, grandes aliados são a catalogação e o acompanhamento contínuo da saúde dos trabalhadores, que vão informar se é necessário tomar medidas mais rígidas em relação ao controle das substâncias.
Os riscos químicos são um assunto muito sério que demanda todo o cuidado para seu controle. Esperamos que, a partir dessas dicas, você possa oferecer um ambiente de trabalho seguro e saudável para a equipe de seus clientes com mais eficácia e agilidade.
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