É comum, em ambientes ocupacionais, ouvirmos discursos que demonstram pouco engajamento dos colaboradores, e até mesmo da gestão, em relação à segurança do trabalho e ao comportamento de risco.
Colocações como “eu faço isso há anos e nunca aconteceu nada de grave”, “não coloco o capacete de proteção porque me dá muito calor” ou “foi só uma brincadeirinha, não tem nada de mais”, refletem o grande desafio das empresas em fazer com que suas equipes de trabalhadores compreendam os perigos e riscos envolvidos nas rotinas laborais.
Mas, então, como fazer para identificar e evitar os comportamentos de risco dentro das organizações? Vamos te mostrar algumas sugestões neste artigo sobre o tema!
O que é um comportamento de risco?
Quando falamos em condutas e comportamentos dos colaboradores, relacionados ao dia a dia laboral e que podem ocasionar incidentes e acidentes de trabalho, desde os menos graves até os gravíssimos, nos referimos aos comportamentos de risco.
Isso porque a maioria das situações que envolvem a ocorrência de imprevistos, acidentes e incidência de doenças ocupacionais estão relacionadas ao desconhecimento dos riscos e, até mesmo, à negligência humana no cotidiano ocupacional. Ou seja, muitas dessas circunstâncias poderiam ser evitadas se toda a equipe de trabalho estivesse devidamente treinada e comprometida com as boas práticas de proteção e promoção de saúde e segurança do trabalhador.
Quais são os comportamentos de risco mais comuns?
Apesar de mais habituais, estes são apenas alguns dos comportamentos de risco que ocorrem dentro das empresas. Veja, abaixo, alguns exemplos dessas condutas que não são consideradas seguras:
- a não utilização, ou o uso inadequado, de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de proteção coletiva, que podem evitar, por exemplo, quedas, exposição a agentes químicos ou acidentes por máquinas e equipamentos;
- a execução humana — automática e acelerada — de tarefas que oferecem riscos, objetivando apenas produtividade, sem considerar práticas protetivas para o desempenho seguro das funções;
- o excesso de confiança em processos ocupacionais que exigem cuidado e atenção a cada vez que forem executados, independentemente do tempo que o trabalhador já realize a atividade;
- condutas inapropriadas, como brincadeiras e comportamentos sociais que prejudiquem ao próprio colaborador ou a outras pessoas da equipe, como piadas e comentários constantes que causem instabilidade emocional, ou ainda o hábito de aplicar “sustos” em parceiros de trabalho, gerando risco iminente de tropeços e lesões por aparelhos cortantes e perfuradores, além de reações físicas perigosas;
- o uso de equipamentos e mobiliários de trabalho defasados, quebrados e que não ofereçam condições mínimas de segurança e proteção à saúde e integridade física dos colaboradores;
- falta de capacitação profissional para a execução das funções laborais, principalmente para aquelas que são profissões de alto risco.
Como evitar esses comportamentos?
O setor de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) é o principal agente para que os comportamentos de risco sejam extintos ou, ao menos, diminuídos. Isso ocorre por seu caráter de fiscalização e controle de situações que podem comprometer a integridade física e mental dos colaboradores, além de atuar na elaboração de medidas de proteção e prevenção de incidentes e acidentes.
Porém, o SESMT não precisa ser o único responsável por essa tarefa. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) também pode contribuir ativamente para a educação e conscientização dos trabalhadores e da gestão acerca das condutas preventivas e de promoção da saúde física e mental de todos.
Com ações como treinamentos, palestras, rodas de conversa e materiais educativos sobre os perigos e riscos de não agir de forma segura no trabalho, esses setores — em integração com os próprios colaboradores e com os empregadores — têm a possibilidade de construir, ou reconstruir, uma cultura organizacional de prevenção e proteção à segurança e saúde ocupacional.
Como vimos, o comportamento de risco é bastante comum dentro das empresas. No entanto, com um bom planejamento, o engajamento de todos os departamentos e trabalhadores e um plano de ação efetivo, é possível reverter a incidência dessas condutas nos ambientes de trabalho.
Se você se interessou por esse tema e quer conhecer as soluções que o SOC oferece para facilitar e auxiliar a promoção da segurança e saúde dos colaboradores, entre em contato conosco!