O descarte de EPIs — Equipamentos de Proteção Individual — é tão fundamental quanto a sua utilização. Isso porque decidir substituir o objeto de forma correta garante a continuidade da proteção do trabalhador e de pessoas que, por ventura, tenham contato com os produtos descartados. Fazer a troca do EPI deve ser uma prática essencial e comum em empresas conscientes da sua responsabilidade na sociedade.
O impacto do descarte adequado pode refletir não apenas na prevenção de acidentes com pessoas, mas também na preservação de lençóis freáticos, da fauna e da flora. Países com sistemas de industrialização avançados têm seus processos de descarte milimetricamente organizados e não é à toa. Afinal, sustentabilidade gera lucro ao prevenir acidentes e colaborar para a viabilidade do consumo no planeta.
O cenário é desafiador e o descarte correto dos EPIs auxilia nesse processo. Pensando nisso, após a leitura deste texto, você entenderá quando se deve fazer a troca dos Equipamentos de Proteção Individual e quais as diferenças entre os tipos classe 1, classe 2A e classe 2B. Além disso, saberá como fazer o descarte correto dos EPIs e quem deve ser o responsável por essa tarefa.
Acompanhe agora!
Quando se deve fazer a troca de EPIs?
A troca de EPIs é um assunto sério. Toda empresa deveria ter uma conduta de muita atenção com o descarte desses equipamentos. Basicamente, são dois os motivos para descartar e substituir os EPIs. O primeiro é o tempo e o segundo são as condições desses equipamentos. Confira abaixo os detalhes.
Tempo
Todo EPI tem um ciclo de vida. Logo, independente dos cuidados para preservação, é estabelecido que em algum momento, em função do passar do tempo, esse aparelho deve ter o descarte adequado. Se o trabalhador ultrapassar o tempo máximo de troca, a possibilidade de acidentes se torna alta.
Afinal, utilizar, por exemplo, uma máscara sem eficácia pode resultar na aquisição de doenças pulmonares e até no desmaio da pessoa no ambiente de trabalho. Por isso, é responsabilidade dos empregadores — e isso está previsto na NR 06 — a troca dos EPIs, assim como a orientação sobre a conservação desses equipamentos.
Condições dos EPIs
Além da validade do EPI, que precisa ser respeitada, também há outros casos que demandam a troca mesmo antes do prazo de preservação das propriedades do material. Assim, uma boa gestão de estoque irá identificar a perda de peças e o aparecimento de danos.
Sobre a perda de peças, queremos dizer que, em alguns tipos de EPIs, há pequenas engrenagens que podem ser perdidas e, apesar de, em alguns casos, aparentemente não inutilizar a peça, a verdade é que tornam o equipamento menos eficaz. Por isso, é necessário a troca.
Imagine uma trava de segurança que teve um dos seus fechos quebrados, sendo utilizado pelo colaborador. O resultado? Afastamento do trabalho, pagamento de despesas médicas para o resto da vida e responsabilização da empresa.
Além da perda de peças, há o aparecimento de danos, que diz respeito, diferente da validade, à vida útil do equipamento. À medida que ele é utilizado, é normal que aconteça o desgaste e, aos poucos, sua função tenha menos efeito. Por isso, entender o momento do descarte é essencial para preservar a saúde de todos.
Quais as diferenças entre os EPIs?
Agora, há três tipos de EPIs. Ter clareza sobre essas informações é fundamental para aprender a descartar corretamente. Um protetor auricular não deve ser colocado no mesmo lixo, por exemplo, de um produto que oferece risco biológico. Essas diferenças são previstas na norma da ABNT NBR 10004. Por isso, fique atento aos diferentes cuidados na hora do descarte.
Classe 1
São os do tipo resíduos perigosos. Então, dizem respeito aqueles equipamentos contaminados expostos a riscos químicos, tóxicos ou patógenos.
Classe 2A
Os de classe 2A são aqueles resíduos não inertes. Produtos que, embora não ofereçam riscos diretos, ao reagirem com o meio ambiente, podem produzir poluição, com cenários delicados. Os EPIs dessa classe possuem características semelhantes ao lixo doméstico.
Classe 2B
Os Equipamentos de Proteção Individual que lidam com resíduos inertes são nomeados de classe 2B. Sucede que, nesses casos, não há contaminação ao meio ambiente ou à sociedade. No entanto, o descarte correto deve permanecer ativo, pois continuam sendo lixo e, inclusive, não biodegradáveis.
Como fazer o descarte correto dos EPIs?
Depois que você entende qual a classe a que cada EPI pertence, o descarte correto se torna mais fácil. Basta seguir os direcionamentos que cada tipo exige. Dessa forma, os de classe 1 são os mais tóxicos, logo devem ser separados de qualquer outro tipo de resíduo e direcionados para empresas e instituições específicas. Elas são responsáveis por dar o destino mais saudável para esse material.
Os de classe 2, como não oferecem altos riscos de contaminação, podem ser encaminhados, ao lado do lixo comum da empresa, para aterros. No entanto, uma estratégia correta e mais adequada é o encaminhamento para a reciclagem. Nesses casos, é necessário separar o material de acordo com a sua fabricação — papel, plástico, metal e vidro.
Quem deve ser responsável pelo descarte de EPIs?
O bom controle de EPI na empresa deve ficar responsável por profissionais direcionados a isso. Logo, segundo a NR 6, a corporação é a maior responsável pela gestão do EPI. Dessa forma, será garantido a saúde de todos os funcionários e da sociedade.
Verificar a condição de uso dos Equipamentos de Proteção Individual é fundamental para manter um ambiente de trabalho ideal, com segurança, para os colaboradores. O correto descarte de EPIs é responsável por reduzir o impacto ambiental, preservar a saúde de todos e demonstrar para a sociedade que a empresa quer contribuir com o futuro do planeta.
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