A cada ano a data ganha um tema diferente e, nesta edição, a campanha aborda a diabetes, doença que triplicou nas últimas décadas
Hoje, dia 07 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Saúde, que lembra a importância de cuidar da saúde física e mental. A data é promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a cada ano ganha um tema diferente. Este ano, o assunto é a diabetes melittus e o lançamento do primeiro relatório mundial sobre essa doença. O documento descreve o peso e a consequência da doença, indicando a necessidade de melhorar os sistemas de saúde em todo o mundo, proporcionando vigilância, prevenção e gestão efetiva da diabetes, focando no controle da enfermidade.
De acordo com a OMS, a diabetes está aumentando rapidamente em muitos países e a maior parte dos casos pode ser prevenido. É possível viver de forma saudável controlando a doença, por isso, a campanha visa dinamizar o assunto e sensibilizar a população em geral, os governos, empregadores, educadores e o setor privado. Para dimensionar esse problema, a Organização informa que a uma a cada 12 pessoas convivem com a diabetes só nas Américas. Isso significa dizer que já são cerca de 62 milhões de diabéticos, número três vezes maior do que o contabilizado em 1980.
DOENÇA
A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelos altos níveis de glicose no sangue devido à problemas de produção ou emprego da insulina, hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue. O papel da insulina é transformar a glicose obtida no alimento como fonte de energia e, quando a pessoa tem diabetes, o organismo não consegue desempenhar esse papel. Isso faz com que os níveis de açúcar fiquem inconstantes. Existe principalmente dois tipos de diabetes.
A do tipo 1 costuma ocorrer na infância, quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, resultando em pouca ou nenhuma produção de insulina. Os pacientes da diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias do hormônio para manter os níveis de açúcar no sangue controlados. Já a diabetes do tipo 2 ocorre na fase adulta e afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose e, geralmente, vem acompanhada de resistência aos efeitos da insulina. A doença está diretamente ligada ao excesso de peso que, unido ao estilo de vida sedentário, faz com que o corpo não responde da forma correta à ação da insulina, que não supre as demandas do organismo.
A longo prazo, a diabetes pode danificar órgãos, vasos sanguíneos e causar cegueira, insuficiência renal e aumentar consideravelmente o risco de morte prematura. No entanto, é possível conviver com a diabetes, especialmente se a doença for detectada a tempo e bem controlada. A OMS alerta que o diagnóstico é fundamental, já que cerca de 40% dos diabéticos sequer sabem que possuem a doença. Também é essencial estabelecer hábitos de vida saudáveis e implementar políticas públicas que apoiem esse estilo de vida. Afinal, a maior parte dos diabéticos se enquadra no tipo 2, que está diretamente relacionada aos hábitos alimentares e sedentarismo.