As diferenças entre as variáveis da Hepatite são muito sutis, entenda como elas são transmitidas e quais medidas preventivas você pode adotar para evita-las
Segundo o portal de notícias Diário da Saúde, a hepatite é uma doença silenciosa, ou seja, não costuma apresentar sintomas específicos e causa degeneração gradativa do fígado. As causas podem ser distintas, como a infecção viral, ingestão de remédios, abuso de álcool e drogas ou doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Os seus sintomas são muito genéricos, como febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados e alterações na cor dos excrementos, como fezes e urinas claras ou escuras, dificultando o diagnóstico. Entenda as diferenças gerais entre tipos de Hepatite e saiba como se prevenir de cada uma delas!
Hepatite A ou Hepatite Infecciosa
A transmissão ocorre de maneira fecal-oral, quando há o contato com outras pessoas infectadas, a ingestão água ou consumo alimentos contaminados. Os sintomas costumam aparecer em um período de 15 a 50 dias após a infecção. Para detectar a doença, é preciso fazer um exame de sangue específico. Para se prevenir, basta melhorar as condições de higiene e saneamento básico, lavar as mãos, higienizar alimentos e consumir apenas água tratada. Também é importante evitar valões, riachos, chafarizes, atravessar enchentes e caminhar perto de esgotos a céu aberto.
Hepatite B ou soro-homóloga
A Hepatite B é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) e a contaminação ocorre via esperma, pelo leite materno ou contato sanguíneo entre pessoas. Os sintomas costumam aparecer de um a seis meses após a infecção, com o diagnóstico feito por um exame de sangue específico. O uso da camisinha em todas as relações sexuais é essencial para prevenir a doença, assim como evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como escovas de dente, e dividir materiais cortantes, como alicates de unha e lâminas de barbear, equipamentos para a confecção de tatuagens e piercings ou equipamentos para o uso de drogas.
Hepatite C: já foi chamada de Hepatite não A e não B
A Hepatite C também pode ser considerada uma DST e a sua contaminação ocorre da mesma forma que a Hepatite B. No entanto, é muito mais raro de desenvolver algum dos sintomas e é necessário fazer uma série de exames específicos, como exames de sangue, de biologia molecular e a biópsia hepática, em caso de evidência de cirrose. A prevenção é semelhante à da Hepatite B.
Hepatite D ou Delta: depende da presença do vírus tipo B para infectar o paciente
A transmissão ocorre da mesma forma que a Hepatite B e também possui sintomas discretos. A gravidade da Hepatite D depende da contaminação do paciente pela Hepatite B. Na infecção simultânea, a Hepatite D tende a ser confundida com a Hepatite B aguda. No entanto, caso o paciente seja infectado pelo vírus D e já tiver o vírus B, o fígado pode sofrer muitos danos, como desenvolvimento de cirrose ou formas mais fulminantes de hepatite. O método de prevenção são os mesmos da Hepatite B.
Hepatite E: doença rara no Brasil e mais comum na Ásia e na África
A transmissão ocorre via fecal-oral, por contato entre indivíduos, alimentos ou água contaminada. O paciente não costuma apresentar sintomas, mas quando eles se fazem presentes, costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção. O diagnóstico é realizado por exame de sangue específico e o tratamento envolve repouso, dieta pobre em gorduras e sem nenhum consumo de bebida alcoólica. As medidas profiláticas são simples, basta melhorar as condições de higiene e saneamento básico, lavar as mãos, consumir água tratada e evitar contato com água de riachos, valas e de esgoto a céu aberto.
O diagnóstico precoce da Hepatite amplia a eficácia do tratamento, por isso, consulte regularmente um médico e adote medidas preventivas contra a doença.