Diretriz publicada pelo INCA relaciona a incidência da doença com a exposição ocupacional, chamando a atenção para a importância da Política de Saúde e Segurança do Trabalhador
As diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho foram publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e elaboradas para oferecer subsídios aos profissionais que trabalham com Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), com orientações técnicas e epidemiológicas, enaltecendo a importância de estabelecer o histórico de saúde dos funcionários. Para guiar os gestores, há uma série de roteiros que contribuem para o reconhecimento de substâncias e fazem parte da avaliação dos riscos ocupacionais. O documento têm como intenção conscientizar os profissionais a respeito da importância da identificação e do reconhecimento dos riscos como os pontos mais críticos na hora de diagnosticar o Câncer Ocupacional.
Composta por dez capítulos, a diretriz aborda o conceito do câncer e a sua relação com o trabalho, incluindo também os direitos dos trabalhadores que desenvolvem o Câncer Ocupacional. A diretriz ainda aborda a importância de divulgar dados e realizar pesquisas relacionadas ao assunto, facilitando o acesso às informações sobre a doença. Se, por um lado, ainda há deficiência no registro da doença e não há metas estabelecidas para diminuir a sua incidência, por outro, a diretriz aponta que uma intervenção e regulamentação estatal podem alterar esse cenário. A ideia é dividir a responsabilidade entre o governo e a sociedade, controlando a incidência da doença e melhorando ainda mais as condições de produção e do trabalho, aumentando o investimento em medidas de prevenção em Saúde Coletiva.
Um dos maiores objetivos desse documento é organizar, sistematizar e disponibilizar procedimentos de registro, acompanhamento e intervenção em prol da Saúde Ocupacional. Ou seja, um registro de riscos com exposição detalhada e a realização de anamnese, com o acolhimento do trabalhador com Câncer Ocupacional, são instrumentos importantes para a identificação e o reconhecimento da doença.
Dessa forma, o investimento em tecnologia pode ser um dos maiores diferenciais para controlar todas essas informações e contar com indicadores de Saúde Ocupacional eficientes e precisos. Por fim, o documento chama a atenção da Sociedade Organizada, como os sindicatos e os movimentos sociais, para participar do movimento em prol da Saúde dos Trabalhadores. Segundo a diretriz, esse é o melhor caminho para reduzir o impacto do Câncer Ocupacional na sociedade e conscientizar as pessoas a respeito dessa doença.
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