Você sabia que 30% dos adultos têm enxaqueca e que os sintomas da doença afetam diretamente a vida profissional destas pessoas? Entenda o impacto do problema no ambiente de trabalho e como lidar com ele!
Muitas doenças afetam diretamente a produtividade de funcionários no ambiente de trabalho, dentre elas a enxaqueca. Afinal, trata-se de um problema crônico que causa dores de cabeça intensas e que pode estar associado a outros sintomas como náuseas, tontura, vômitos, fadiga, formigamento e dormências, alterações na visão e sensibilidade a luz e som.
As crises podem durar de 4 a 72 horas e ocorrerem várias vezes ao mês. Isso explica porque a enxaqueca representa um verdadeiro desafio para profissionais de diversos segmentos, os quais relatam dificuldades para realizar atividades diárias e necessidade de faltar ao trabalho ou a compromissos importantes.
Aliás, diversos estudos realizados com pacientes que sofrem de enxaqueca comprovam os impactos da doença no desempenho profissional e na produtividade destes funcionários. Saiba mais sobre estes dados a seguir e entenda como a enxaqueca afeta o ambiente de trabalho e como lidar com ela no dia a dia.
Enxaqueca: o que é, causas e tratamentos
Também conhecida como migrânea, a enxaqueca é um quadro neurológico que se caracteriza por episódios recorrentes de dores de cabeça graves e muito fortes, além dos sintomas já mencionados. A doença se manifesta de duas formas: a crônica, na qual o indivíduo sente dor por quinze dias ou mais durante o mês, e a episódica, caracterizada pela ocorrência de dores em menos de 15 dias no mesmo período.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% dos adultos têm enxaqueca, sendo que, no Brasil, a versão crônica afeta 31 milhões de pessoas. Para a OMS, a doença é considerada a sexta mais incapacitante do mundo e se manifesta principalmente em indivíduos com idade entre 25 e 45 anos e nas mulheres.
Em relação às causas da enxaqueca, que podem ser diversas, destacam-se predisposição genética e alterações hormonais e nos neurotransmissores. Além disso, fatores externos contribuem ativamente para o desenvolvimento da condição, tais como:
• Excesso de cafeína e outros alimentos;
• Estresse;
• Ansiedade;
• Sobrecarga de tarefas;
• Ficar sem comer;
• Pressão alta;
• Bruxismo;
• Abuso de medicamentos;
• Fatores hormonais, o que explica a maior incidência entre as mulheres;
• Sono irregular;
• Cobranças internas.
A observação dos sintomas e o acompanhamento de um profissional neurologista são fundamentais para identificar e tratar o problema, já que ele afeta diretamente a rotina pessoal e profissional do enxaquecoso. Nesse caso, existem dois tipos de tratamento: o agudo e o preventivo.
O tratamento agudo é feito à base de analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos específicos que visam aliviar a dor assim que elas surgem. Já o preventivo, é considerado mais efetivo, uma vez que reduz o número de crises por meio de técnicas como o botox, além de intervenções não farmacológicas, como prática de atividades físicas, acupuntura, ioga e psicoterapias.
O impacto da enxaqueca no ambiente de trabalho
Como vimos, a enxaqueca afeta principalmente indivíduos com idade entre 25 e 45 anos, sendo justamente a parcela da população que está no auge da produtividade. Desse modo, é fácil perceber que a doença tem impactos significativos no ambiente de trabalho e na vida profissional dos enxaquecosos.
É o que mostra a pesquisa “My Migraine Voice” (Minha Voz de Enxaqueca, em tradução), feita pelo grupo farmacêutico Novartis e pela Aliança Europeia para Enxaqueca e Cefaleia (EMHA, na sigla em inglês). Trata-se do maior estudo já realizado com pacientes de enxaqueca, tendo ouvido mais de 11 mil pessoas de 31 países, dentre eles o Brasil, entre 2017 e 2018.
Alguns números da pesquisa reforçam os impactos da enxaqueca na vida profissional. Por exemplo, 67% dos entrevistados afirmam que as fortes dores os obrigam a desmarcar compromissos e reuniões de trabalho. Ao mesmo tempo, 15% dos enxaquecosos reconhecem que a doença afeta diretamente as chances de receberem uma promoção.
O estudo também aponta que, a cada ano, as crises de enxaqueca fazem com que o paciente perca uma média de 12 dias de serviço, enquanto 60% dos trabalhadores que sofrem com a versão crônica perdem cerca de uma semana de trabalho por mês. Além disso, um terço dos entrevistados convive com fortes dores há pelo menos 16 anos, e as crises costumam ocorrer quatro vezes ou mais durante o mês.
Os resultados comprovam o que já se imaginava: os sintomas da enxaqueca têm um enorme impacto laboral e reduzem a produtividade do funcionário em 53%. Isso se dá tanto pelo aumento do absenteísmo (ausência no trabalho), como pelo presenteísmo, situação em que a pessoa comparece ao serviço, mas tem seu rendimento comprometido pela doença.
Como lidar com a enxaqueca no ambiente de trabalho?
Apesar dos impactos demonstrados pela pesquisa, a enxaqueca não precisa ser um obstáculo no ambiente de trabalho. Nesse sentido, é de grande importância que os empregadores ofereçam suporte ao funcionário, que muitas vezes sofre preconceito e julgamentos, especialmente quando desmarca reuniões ou falta ao serviço por causa das crises.
Segundo o estudo, apenas 18% das empresas apoiam os trabalhadores diagnosticados com enxaqueca, embora 63% estejam cientes da situação. Ou seja, nem mesmo o diagnóstico formal feito por médicos é suficiente para que chefes e colegas compreendam o problema e as necessidades do funcionário.
Quando isso ocorre, as chances de que a doença se agrave são grandes, já que o enxaquecoso se sente pressionado por fatores externos e recebe uma carga maior de estresse e cobranças internas. Portanto, o acolhimento é essencial para minimizar os impactos da enxaqueca no ambiente de trabalho.
Nesse caso, algumas medidas podem ser tomadas, como palestras e campanhas de conscientização sobre as consequências da doença, flexibilização da jornada de trabalho do funcionário (home office ou redução de horas, por exemplo), ambiente com menos luz e barulho, menor carga de trabalho e estresse e massagem laboral.
Vale ressaltar que a enxaqueca não deve ser usada como critério de eliminação de candidatos durante um processo seletivo. Afinal, se a empresa segue as dicas citadas acima, não precisa se preocupar com os impactos negativos que a doença costuma causar no ambiente de trabalho.
Por fim, é importante lembrar que o tratamento preventivo das crises de enxaqueca inclui uma série de mudanças de hábito, como boa alimentação, ingestão de água, sono adequado, prática de atividades físicas e pouco estresse. As empresas podem atuar principalmente na implantação de uma boa política de saúde e oferecerem acompanhamento médico, a fim de identificar casos e estimular atividades que contribuem para a qualidade de vida dos funcionários.
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