Você sabia que as mulheres são as que mais sofrem com o esgotamento profissional, conhecido também como Síndrome de Bournout? Vamos entender um pouco mais sobre esse assunto.
Não é segredo para ninguém que as mulheres estão em constante ascensão no mercado de trabalho. Talvez, o que muita gente não saiba, é que elas também são as maiores vítimas de um dos grandes males do século: o esgotamento profissional.
Afinal de contas, quais são os fatores que fazem com que a mulher acabe se desgastando mais no mercado profissional? É sobre esse assunto tão sério que falaremos no post de hoje.
Boa leitura!
Precisamos falar sobre a Síndrome de Burnout
Conhecida simplesmente como esgotamento profissional, a síndrome de Burnout nada mais é do que um tipo de depressão ocasionada por fadiga. Ou seja, um mal que pode atingir profissionais das mais variadas áreas.
De forma didática, a síndrome de Burnout funciona como se a mente e o corpo, já em seus estados máximos de exaustão, decidissem que não podem mais funcionar. A pessoa que sofre com o esgotamento profissional sente-se profundamente cansada. Não tendo energia para nenhuma atividade no trabalho ou fora dele.
Uma pessoa que antes era muito solícita e atenciosa no ambiente de trabalho, pode sentir que está desmotivada, irritada, com dificuldades para se concentrar, com constante sentimento de fracasso e cansaço. Esses são alguns dos sintomas que o esgotamento profissional pode apresentar.
Esgotamento profissional: entenda por que as mulheres são as maiores vítimas
Agora que você já sabe um pouco mais sobre do que se trata o esgotamento profissional, vamos entender por que as mulheres são as que mais sofrem com esse mal.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Medscape Physician Lifestyle Report no ano de 2015, aproximadamente 46% dos médicos dos EUA sofrem com esgotamento profissional. Logo atrás, vêm as profissões que mais têm contato com o sofrimento humano, como:
- Professores;
- Bombeiros;
- Policiais;
- Psicólogos;
- Carcereiros;
- Assistentes sociais;
- Advogados;
- Bancários;
- Jornalistas.
Além disso, a pesquisa também apontou outro dado interessante: em todas as profissões, os profissionais mais atingidos são do sexo feminino. Uma das razões para tal constatação é a constante pressão que as mulheres sofrem para fazer sempre além do esperado, como falaremos a seguir.
Jornada dupla
O tempo em que as mulheres viviam apenas para cuidar da casa, dos filhos e do marido já se foi. Hoje, elas estão dominando o mercado de trabalho. No entanto, como ainda estamos inseridos em uma sociedade que, majoritariamente, acredita que os serviços domésticos devem ser feitos única e exclusivamente por mulheres, essas precisam se desdobrar para dar conta de tudo.
Não basta a rotina do trabalho, que é tão ou até mais cansativa que a de um homem. É preciso chegar em casa, ajudar o filho com o dever de casa, se preocupar com limpeza, comida, entre várias outras tarefas. Ou seja, uma jornada dupla e que parece não ter fim.
Além disso, existe também a constante busca pela equiparação salarial. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2019, a diferença salarial entre homens e mulheres chega a ser de 22,9% em alguns locais do Brasil.
Ou seja, estamos falando de uma profissional que, além de precisar se desdobrar para dar conta da própria carreira, ainda precisa se preocupar com outros afazeres que não são comumente cobrados dos homens, além de sempre estar atrás, no que diz respeito à remuneração por seus serviços. Com isso, torna-se um pouco mais fácil entender por que as mulheres são as maiores vítimas do esgotamento profissional.
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