Como todo profissional de saúde e segurança do trabalho deve saber, a gestão de riscos operacionais (GRO) é elemento fundamental para o funcionamento saudável de uma organização. Além de reduzir os gastos com acidentes de trabalho e ajudar a oferecer os EPIs adequados para a sua equipe, a atenção às tabelas e procedimentos dessa área garante que a empresa mantenha-se regular perante o Estado.
Um momento importante para realizar uma GRO eficiente é a identificação do grau de risco da sua empresa. A partir disso, você consegue estabelecer um mapa completo com as intempéries envolvidas na sua atividade econômica, englobando os tipos de riscos e a listagem dos profissionais expostos a cada um.
Pensando nisso, nós elaboramos este artigo para ajudar você a classificar a sua empresa de acordo com a sua estrutura interna, incluindo uma explicação de cada grau de risco e dicas do que fazer a partir dessa definição. Confira!
O que é o Grau de Risco (GR)
Em linhas gerais, o GR de uma empresa identifica ela perante o CENAE de acordo com a frequência sob a qual os seus colaboradores são expostos a algum tipo de risco. Elaborada de acordo com a atividade econômica de uma organização, a classificação acarreta obrigações de Saúde e Segurança do Trabalho, especialmente o dimensionamento do departamento responsável por elas.
Para entender qual é o grau de risco de uma empresa, basta verificar o Quadro 1 da NR 4. Lá, você deve procurar pela categoria e subdivisão correspondente à atuação do negócio analisado. Caso a sua empresa faça extração de petróleo e gás natural, por exemplo, será classificada com GR 4, o mais alto da tabela. Agora, se a atividade econômica for a incorporação de empreendimentos imobiliários, a categoria correspondente é GR 1.
Antes de você verificar a tabela, precisa entender exatamente o que significa cada gradação do GR. As classificações vão de 1 a 4, e abaixo você vai entender o que cada número nessa régua significa.
- GR 1 (risco muito baixo): primeiro nível da classificação, diz respeito a empresas cuja probabilidade de oferecer riscos é baixa. Como consequência, as obrigações legais de saúde e segurança para essa categoria são menos complexas e numerosas;
- GR 2 (risco baixo): enquadram-se nesse grau de risco organizações que expõem seus colaboradores a riscos de forma moderada. Os deveres regulamentares aqui, portanto, são maiores que nas empresas com GR 1;
- GR 3 (risco médio): as empresas que regularmente trazem riscos para seus funcionários são categorizadas aqui. Dessa forma, o número de especialistas em engenharia de segurança e medicina do trabalho requeridos pela NR 4 é maior que nos graus anteriores;
- GR 4 (risco alto): aqui ficam os estabelecimentos que oferecem riscos para sua equipe frequentemente. É o mais alto grau de risco, e a equipe especialista necessária também será maior.
Como o GR ajuda você a gerir riscos
Agora que você entendeu o que representa cada grau de risco, basta identificar a atividade da sua empresa no Quadro 1 da NR 4 e, depois, verificar as obrigações correspondentes no Quadro 2 da mesma. Nesse último quadro, você vai encontrar a quantidade de especialistas exigidos de acordo com o grau de risco e o número de colaboradores. O próximo passo é fazer um mapa de risco definitivo para a empresa e tomar medidas de GRO a partir disso.
Esperamos que nosso artigo ajude você a gerir os riscos operacionais da sua organização com mais agilidade e eficácia. Se você gostou do conteúdo e quer manter-se atualizado sobre as necessidades e novidades em Saúde e Segurança do Trabalho, assine a newsletter do SOC Blog!