A jornada excessiva é um perigo amplamente divulgado. Picos de estresse por conta do trabalho acontecem em muitos momentos e são tema de palestras promovidas pelo setor de Recursos Humanos das empresas. No entanto, a situação continua a ser repetida.
O fato é que você, ou alguém conhecido, provavelmente já teve que lidar com o acúmulo de trabalho. O resultado pode ter se expressado em alguns dias de afastamento, ou, no mínimo, na diminuição da produtividade.
Diante de uma situação tão séria, é preciso buscar informações corretas que levem a soluções eficazes. Pensando nisso, produzimos a seleção de encaminhamentos logo abaixo, para que você entenda, detalhadamente, quais são os danos à saúde da jornada excessiva. Além disso, explicaremos o que a legislação fala sobre isso e como prevenir o excesso.
Boa leitura!
O que é a jornada excessiva?
A expressão já deixa explícito o desgaste do trabalhador. Infelizmente, o intenso processo de urbanização, a alta competitividade e a busca por melhores cargos contribuem para que colaboradores e líderes se insiram na lógica do excesso. Para entendermos na prática, a jornada excessiva pode ser compreendida a partir de 40 horas semanais.
Se em curto prazo essa situação pode, inclusive, passar despercebida, o corpo se encarrega de dar sinais com o passar do tempo. Muito trabalho gera insatisfação, frustração e danos que podem ser permanentes ao corpo e à mente. Logo, a exaustão leva ao afastamento.
Por isso, o segredo para conseguir lidar com a alta quantidade de demandas é aprender a pôr limites e a dividir o tempo, de forma que os picos de estresse não sejam uma realidade diária ou semanal. Fique atento aos riscos e às consequências disso logo abaixo.
Quais são os danos à saúde?
Sem boas horas de sono, o corpo para de funcionar. Uma das principais questões sobre a jornada excessiva de trabalho é a repetição, e não a ocorrência de momentos de estresse. Afinal, é natural que aconteçam situações que necessitam do dobro de energia para buscar as melhores soluções.
Aumento de ataque cardíaco
A possibilidade de ataque cardíaco pode acontecer, no contexto de uma jornada excessiva de trabalho, em função de uma má alimentação e de altos picos de estresse. O sangue deixa de chegar a determinadas áreas do coração, e isso acarreta o ataque cardíaco.
Ansiedade
Prazos apertados, altos níveis de exigência e a sensação de que não há finalização dos processos. Tudo isso são questões que podem atravessar momentos de uma jornada excessiva de trabalho. A ansiedade é um indicativo de que o modo de organização de vida não está adequado.
Estresse
Basicamente, o estresse é uma resposta do organismo por conta de determinados estímulos que podem acontecer de modo súbito e ameaçador. Por exemplo, o recebimento de um e-mail pedindo uma demanda inesperada ou a necessidade de refazer algum trabalho em pouco tempo.
As circunstâncias podem ser diversas. Como somos seres adaptáveis, o estresse nos mantêm em estado de alerta para conseguirmos lidar com a nova situação. No entanto, o preço que se paga pode ser alto, pois, para manter a atenção, o corpo produz reações que, em médio e longo prazo, podem ser danosas.
Síndrome de Burnout
Talvez o maior exemplo do que possa resultar de uma jornada excessiva seja a Síndrome de Burnout. Isso porque ela é caracterizada pelo esgotamento emocional, por conta da exaustão do corpo após um período muito intenso de trabalho. Estão em jogo aqui questões como competitividade, responsabilidades e incertezas.
O que a legislação fala sobre a jornada excessiva de trabalho?
Os artigos 58 e 59 da CLT indicam que uma jornada de trabalho regular deve conter, no máximo, 8 horas, com uma previsão de se estender em até 2 horas. É evidente que, em muitos momentos, como no final de ano, em que entregas precisam ser realizadas, os contextos podem necessitar de exceções. No entanto, para situações assim, é preciso um contraponto com maiores horas de descanso.
Medidas que fogem do padrão da CLT precisam acontecer a partir de um acordo explícito entre patrão e empregado, para que assim sejam garantidas formas viáveis de trabalho. Preservar os limites físicos e mentais não deve ser encarado como um luxo, mas como um parâmetro essencial da organização.
Como prevenir o excesso?
Empresas conscientes dos danos que uma jornada excessiva produz nos colaboradores utilizam uma comunicação contínua para evitar atitudes inadequadas. Além dessa forma de prevenção, conheça mais algumas logo abaixo.
Delimitar tarefas
Quando você estabelece limites e prioridades para as suas tarefas, torna-se mais fácil conseguir administrá-las e não se estressar. Para conseguir isso, você precisará lidar com aquilo que foi idealizado e com aquilo que foi possível de ser feito.
Por exemplo, seria perfeito fazer a entrega antecipada de algum relatório. No entanto, se a entrega precoce impedir o andamento de outros processos, gerando pico de estresse, em longo prazo, isso não será sustentável.
Investir em treinamentos
O treinamento significa mais informação e habilidade para gerir de forma, individual e coletiva, os processos. Por isso, investir em palestras, cursos e minicursos auxilia no estabelecimento de uma cultura corporativa mais preparada para lidar com jornadas adequadas.
Criar um cronograma
Assim como a delimitação de tarefas, a criação de um cronograma pode liberar a sua memória de ter que lembrar de questões que poderiam ser acionadas por lembretes eletrônicos. Além disso, ao organizar um cronograma, você terá mais noção da quantidade de deveres de que precisar dar conta e de como, previamente, se preparar para isso.
Incentivar o cuidado com a saúde mental
A procura por alguma terapia ou psicoterapia pode auxiliar na diminuição de uma jornada excessiva. Afinal, o processo de autoconhecimento pode revelar os seus verdadeiros desejos e aquilo que você pode deixar de lado. Por isso, incentive sempre o cuidado com a saúde mental.
A jornada excessiva pode causar estresse, ansiedade e até casos mais complicados, como síndrome de Burnout e ataque cardíaco. Em muitos momentos, não é possível diminuir o número de tarefas, mas é viável aprender a lidar com o estresse produzido pela alta demanda.
Lembre-se de que as soluções que você encontrou neste texto foram a delimitação de tarefas, o investimento em treinamentos, a criação de um cronograma e as práticas de incentivo ao cuidado com a saúde mental.
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