A doença acomete as mulheres e acontece quando os músculos abdominais perdem a função sustentadora dos órgãos internos
Para finalizar a série de posts especiais sobre as 10 doenças que mais afastam os trabalhadores, chegamos ao último texto, que aborda o prolapso genital, popularmente conhecido como bexiga caída. O Ministério da Previdência Social coletou, durante um ano, dados sobre o número de afastamento dos trabalhadores, com duração superior a 15 dias, sem levar em consideração se a origem pode ou não ser ocupacional. O portal IG recolheu as informações e listou as 10 doenças responsáveis pelos maiores índices de afastamento. As dores nas costas lideram esse ranking, seguidas dos joelhos, hérnias inguinais, transtornos de humor, miomas uterinos, varizes, doenças isquêmicas do coração, hemorragias durante a gestação e câncer de mama respectivamente.
Segundo o portal Minha Vida, o prolapso genital ocorre quando há a perda da sustentação de diversos órgãos, como a uretra, útero, intestino, reto e a bexiga. Ou seja, quando os músculos da região pélvica ficam fragilizados e os órgãos começam a ceder, atingindo principalmente a região da bexiga, gerando a expressão popular bexiga caída, resultado da pressão que o órgão faz na vagina. Isso acontece depois que a mulher passa diversas vezes pela gravidez e tem partos múltiplos, aumentando a pressão intra-abdominal durante a gravidez e o trabalho de parto. As causas também estão ligadas à obesidade, alterações hormonais, doenças musculares e genéticas.
A página afirma que o prolapso genital gera constrangimento para as mulheres, pois causa dores durante as relações sexuais e compromete o fluxo de urina e fezes. Muitas vezes, a uretra e o reto atingem determinada angulação que causa a obstrução desses canais e impedem a ida ao banheiro, gerando a falsa necessidade de ir ao banheiro com frequência. Para tratar a doença é preciso realizar um exame clínico e, então, uma intervenção cirúrgica, com o implante de telas. Essa operação é considerada minimamente invasiva, com índice de sucesso de 90% e tempo para recidiva de até um ano, ocorrendo raramente em um período maior.
Para a prevenção do prolapso genital, o site esclarece que as mulheres dos grupos de risco, como as obesas, grávidas e mulheres com dores abdominais, procurem acompanhamento médico. É recomendado evitar tudo o que força a região, como tosses intensas e levantamento de peso. A página faz uma ressalva no caso das obesas, para perder peso com urgência e auxílio médico. Existem exercícios capazes de prevenir e fortalecer a musculatura da região, no entanto, uma vez que acontece o prolapso, a sua reversão só é possível via intervenção cirúrgica.