Risco biológico no ambiente de trabalho é um dos grandes desafios para a melhoria da gestão ocupacional. E, assim como nos demais riscos, implementar medidas educativas é o modo mais simples para lidar com a exposição ao perigo. Você já se perguntou quantas vezes a existência de um conhecimento prévio possibilitou o enfrentamento mais objetivo de situações inesperadas?
Após a leitura deste texto, você entenderá quais são os principais riscos biológicos no ambiente de trabalho e como identificá-los.
Para isso, inicialmente, falaremos sobre fatores de atenção. Adiante, abordaremos a probabilidade de exposição ocupacional, mostrando a classificação dos riscos. Por último, facilitamos a resolução do problema, destacando a importância de uma boa gestão de riscos na empresa. Boa leitura!
O que são riscos biológicos?
Basicamente, risco biológico é tudo que apresenta possibilidade de provocar doenças para o indivíduo no ambiente de trabalho. Dessa maneira, medidas são tomadas para evitar que micro-organismos geneticamente modificados ou não causem danos ao colaborador. Os casos mais comuns são: parasitas, toxinas, as culturas de células e os príons (proteínas com propriedades infectantes).
Esses agentes biológicos conseguem causar infecções, doenças autoimunes, câncer e alergias. O que gera prejuízos para todas as partes que compõem a empresa. Por isso, é útil comparar uma firma a uma célula humana que precisa de organização e está em atividade constante, sendo necessária a atenção e implementação de medidas conforme as mudanças dos contextos.
As diretrizes classificatórias dos riscos biológicos são seguidas a partir da Norma Regulamentadora 32 (NR-32). Eles são classificados em quatro classes, que se diferenciam pela adição do aumento do grau de exposição ao perigo. Quanto maior a classe, maior a chance de ocorrência.
Classes de risco
Na primeira, é identificada a baixa probabilidade de causar doença, tanto para o indivíduo quanto para a coletividade. Na classe de risco 2, há uma possibilidade moderada para o trabalhador, e ainda baixa probabilidade de disseminação para a coletividade.
Enquanto na exposição 3, o risco unitário se torna elevado, com abertura para a disseminação coletiva. A classe de risco 4 apresenta alto poder de transmissão individual ou coletiva, sendo a passagem para a causa de doenças graves.
Por isso, é fundamental a existência de medidas preventivas, os chamados níveis de biossegurança. Dessa forma, é possível evitar doenças como hepatite (A, B e C), tuberculose, herpes, meningite, escabiosa, HIV e Covid-19.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) utilizam dessa classificação de risco para melhorar a saúde e segurança do trabalhador.
Como identificar no ambiente de trabalho?
Algumas diretrizes são importantes na identificação do risco biológico no ambiente de trabalho. Imagine uma situação em que o material obrigatório para manejo de determinados instrumentos ficou inutilizado e é necessário a continuidade do serviço. O que fazer?
Nesse caso, o alinhamento do time, consciente das medidas de segurança, é o fator norteador. É preciso calma para aguardar a chegada ou conserto da ferramenta de manipulação, mesmo que apresente risco baixo.
Há quatro fatores que requerem a necessidade de proteção contra o risco biológico: a fonte do material, a operação, o tipo de experimento a ser realizado e as condições ambientais para a realização.
Qual a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos?
É necessário avaliar os riscos biológicos com base na classificação que falamos anteriormente. A localização e destaque para as áreas de risco elevado e a identificação nominal dos trabalhadores expostos aos agentes biológicos classificados nos grupos 3 e 4. Ainda, a vigilância médica dos trabalhadores expostos e a disciplina a um programa de vacinação.
Além disso, há dois tipos de exposições: a deliberada e a não deliberada. A primeira, também chamada exposição com intenção deliberada, é quando a atividade laboral acontece, prioritariamente, por meio da utilização ou manipulação do agente biológico. A exposição não deliberada é o oposto, ou seja, a atividade laboral não implica na manipulação direta do agente biológico.
Como solucionar o problema do risco biológico?
Manter-se atualizado é a melhor maneira de solucionar o problema do risco biológico. Para isso, tenha conhecimento de todos os riscos implicados na manipulação pelo trabalhador. É importante saber sobre as Normas de Biossegurança da Legislação Brasileira de Biossegurança, emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO).
Também é útil o conhecimento amplo do micro-organismo ou outro fator de risco existente no trabalho. Mais uma vez, o alinhamento da comunicação da comunidade laboral é a melhor estrada para a conduta segura na gestão de risco. Ou seja, é preciso deixar nítida a jornada de contaminação e os procedimentos para o seu impedimento ou resolução.
Dessa forma, é fundamental o respeito às Regras Gerais de Segurança, bem como a implementação das medidas de proteção individual. Em hipótese alguma, o funcionário deve deixar de utilizar luvas, máscaras, aventais, lavagem das mãos antes e após a manipulação dos materiais, óculos de proteção e todo o equipamento necessário para o completo isolamento aos agentes infecciosos.
Nesse fluxo, igualmente são necessárias medidas de autolavagem de material biológico patogênico, antes de sua eliminação no lixo comum e a utilização de desinfetante apropriado para inativação dos agentes específicos. Ainda é imprescindível limpar os aparelhos após o uso, de maneira correta.
Quais os caminhos para uma boa gestão de riscos na empresa?
Planejamento e alinhamento da comunicação são os caminhos mais enxutos para a boa gestão de riscos na empresa. Para isso, é sempre oportuno a realização de palestras e o fortalecimento de uma cultura organizacional empenhada na prevenção e na disciplina às normas regulamentares. Dessa maneira é que serão solucionadas os desafios ao lidar com a exposição ocupacional a agentes biológicos.
Hoje você aprendeu um pouco mais sobre os principais riscos biológicos no ambiente de trabalho. Eles podem causar infecções, doenças autoimunes, câncer e alergias. Como vimos, a identificação das exposições ao perigo em quatro classes obedece à NR-32, a partir de quatro classificações.
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