Cansaço extremo, estresse e desânimo são sentimentos comuns entre os trabalhadores após um dia cansativo de trabalho. Porém, esses sintomas podem esconder um problema mais perigoso: a síndrome de Burnout. Entenda melhor esta doença e saiba como ela se manifesta. Saiba mais.
Cansaço excessivo, irritabilidade, ansiedade e sensação de estar sempre exausto e no limite. Podem parecer ocorrências simples, decorrentes de uma semana difícil no trabalho, mas na verdade podem esconder um grande problema: a síndrome de Burnout.
Considerada desde 2019 como uma doença, efetivamente, pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a síndrome de Burnout atinge cerca de 33 milhões de brasileiros, conforme estimado no estudo divulgado pela International Stress Management Association.
É importante ressaltar que a OMS incluiu esta patologia na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), determinando se tratar de uma doença ligada ao trabalho, ou seja, ocupacional.
Seus sintomas, muitas vezes, são ignorados. Mas na realidade se trata de um problema que demanda tratamento psicológico.
Então, afinal, o que é, de fato, a síndrome de Burnout? Conheça agora mais sobre suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.
O que é a Síndrome de Burnout
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a síndrome de Burnout está intrinsecamente ligada à exaustão e ao extremo cansaço, oriundos do estresse diário no trabalho. Não é uma doença que aparece eventualmente, mas sim um problema que se manifesta cada vez mais profundamente, deteriorando a saúde mental e até mesmo a saúde física da pessoa.
Alta competitividade, extrema exigência por parte dos chefes, excesso de horas trabalhadas com pouco tempo de descanso e muitas responsabilidades assumidas ao mesmo tempo, são algumas das causas que podem desencadear a síndrome de Burnout, que pode se manifestar de diferentes formas.
Trata-se de uma doença perigosa que, se não tratada corretamente, pode desenvolver outros problemas psicológicos, como distúrbio de ansiedade e depressão profunda, porque desestabiliza o controle emocional, criando uma tensão frequente além de estresse crônico.
Identifique a Síndrome de Burnout: conheça os sintomas
Os sintomas da síndrome de Burnout podem facilmente passar despercebidos, justamente porque se tratam, geralmente, de condições comuns decorrentes de um dia pesado e cansativo de trabalho. Entretanto, os sintomas podem evoluir e comprometer a saúde, a disposição e o foco do indivíduo.
É preciso destacar que podem surgir tanto sintomas mentais como sintomas físicos. Entre os principais sintomas mentais estão:
• Irritabilidade
• Ansiedade
• Agressividade
• Estresse extremo
• Alterações de humor repentinas
• Desânimo
• Incapacidade de concentração
• Pessimismo
• Baixa autoestima
• Sensação de cansaço o tempo todo
• Dificuldade em manter o foco
• Desinteresse em tarefas anteriormente prazerosas
Por outro lado, temos os sintomas físicos, que podem ser:
• Palpitação/taquicardia
• Hipertensão
• Dores de cabeça
• Sudorese excessiva
• Tremedeira
• Distúrbios gastrointestinais
• Dificuldades na respiração, que pode ser ofegante
• Dores pelo corpo
Conforme mencionamos, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos podem surgir ao mesmo tempo. É uma doença gradativa, ou seja, vai piorando conforme o passar do tempo e mais ainda quando não recebe o tratamento adequado.
Qualquer irregularidade mental ou física, que parece se agravar durante o período de trabalho, pode ser indício da doença. Caso a pessoa não consiga notar ou analisar sozinha o aparecimento e a ocorrência dos sintomas, familiares e amigos podem ser a chave para compreensão do problema: eles podem destacar comportamentos incomuns antes não percebidos.
Diagnosticando a Síndrome de Burnout
Por ser uma doença silenciosa e pouco perceptível, a síndrome de Burnout pode demorar a ser diagnosticada. Porém, essa demora pode acarretar na piora dos sintomas e evoluir para uma depressão profunda.
A melhor maneira de diagnosticar a síndrome de Burnout é sempre estar atento aos sintomas, principalmente quando eles não são normais e frequentes. Ao sinalizar uma mudança repentina de comportamento ou dores que antes eram incomuns, a melhor alternativa é procurar um psicólogo ou psiquiatra, para que o diagnóstico seja de fato confirmado como sendo síndrome de Burnout.
É de extrema importância esse acompanhamento pessoal dos possíveis sintomas porque, na maioria dos casos, os trabalhadores negligenciam o aparecimento desses transtornos, o que dificulta ainda mais o tratamento da síndrome de Burnout.
Tratamento e prevenção
O tratamento é determinado pelo profissional de saúde, que fará a análise clínica e, se for necessário, solicitação de exames. O médico pode receitar ansiolíticos ou antidepressivos também, dependendo do quadro do paciente e do tempo em que os sintomas estão ocorrendo.
Mas, além das alternativas medicamentosas, o psicólogo ou psiquiatra pode orientar à pessoa com síndrome de Burnout que faça atividades diferentes do habitual, bem como mudanças no estilo de vida, perda de hábitos nocivos e ainda solicitar alterações no ambiente de trabalho, já que este é o fator/motivo do desencadeamento da síndrome.
Entretanto, existe um método bastante eficaz para controlar a doença: atividade física. Não precisa ser necessariamente musculação, a qual necessita passar horas na academia. Mas sim qualquer tipo de atividade que exercite o corpo e, claro, a mente. Pode ser natação, ioga, dança, pilates, ou ainda praticar algum esporte, como futebol, vôlei, tênis por exemplo.
O objetivo é justamente incentivar o corpo a trabalhar fora da rotina, estimulando os hormônios do prazer – que são responsáveis pela felicidade, satisfação e ânimo.
Os exercícios físicos, inclusive, são parte fundamental entre as formas de prevenção da síndrome de Burnout. Além das atividades físicas, outras maneiras de prevenir o aparecimento da doença são: boa alimentação, realização de atividades que tragam prazer, hobbies, atividades ao ar livre, encontros com família e amigos e também evitar, conforme for possível, levar trabalho (e problemas do trabalho) para casa.
A síndrome de Burnout, conforme citamos, é uma doença ocupacional. Pode surgir a qualquer momento, atingindo funcionários de qualquer nível dentro da empresa. Por isso a sua companhia precisa estar atenta ao surgimento deste problema e, claro, estar preparada para saber como lidar, da melhor forma, nesta situação.
Por isso, se faz necessário a utilização de um sistema de gestão ocupacional eficiente. E o SOC pode ser a sua solução: um software altamente desenvolvido, 100% online, pronto para atender e gerenciar as demandas, de forma segura e protegida. O SOC oferece agilidade, organização e excelente gestão de SST.
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