Os riscos ocupacionais são aqueles que representam algum tipo de perigo à saúde dos colaboradores de uma empresa (desde lesões ocupacionais simples a risco de afastamento e morte). Por isso, é fundamental que os profissionais de segurança do trabalho estejam ambientados sobre as questões existentes e saber como minimizar eventuais problemas.
Um dos primeiros pontos que você deve saber é sobre quais são os tipos de riscos ocupacionais. Por isso, preparamos um material imperdível que vai ajudá-lo a tirar suas principais dúvidas sobre o tema. Vamos juntos? Boa leitura!
Como é definida a classificação de riscos?
A classificação de riscos é norteada pela Norma Regulamentadora 9 (NR-9) e Norma Regulamentadora 12 (NR-12). Ela não só elabora a classificação dos riscos e norteia sobre cada um deles, como também faz uma classificação por cores. A Norma é fundamental, principalmente, para auxiliar na orientação no Mapa de Riscos Ocupacionais e, também, na adoção de medidas preventivas.
Além disso, a classificação de riscos orienta os profissionais, principalmente, no uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva). Por isso a importância da definição realizada por meio das NRs.
Quais são os 5 tipos de riscos ocupacionais?
Diante do que falamos antes, você compreende a importância dessas informações para ter estratégias mais eficientes para o seu trabalho. Veja a seguir quais são os 5 tipos de riscos ocupacionais e tire suas dúvidas.
1. Riscos físicos
Pertencentes ao Grupo 1, são aqueles agentes de risco cuja natureza é de ordem física, ou seja, a forma que ele pode causar problemas está ligada a questões de impacto ou danos físicos. Estão entre eles:
- Calor;
- Frio;
- Pressão;
- Ruídos;
- Umidade;
- Radiações ionizantes e não-ionizantes;
- Outras formas de energia sobre as quais os colaboradores podem ficar expostos.
Cada um dos fatores possui um limite de exposição e eles estão devidamente registrados, em sua maioria, na NR-15, que fala sobre atividades e operações insalubres. É fundamental estar atento a isso, também, para estar em consonância com as regras vigentes.
2. Riscos químicos
Grupo 2, temos os riscos químicos, ou seja, quando há presença de compostos ou produtos que possam adentrar no organismo, seja no contato com a pele, por ingestão ou vias aéreas. Estão no rol de agentes causadores deste tipo de risco:
- Gases;
- Poeiras;
- Vapores;
- Fumos;
- Substâncias tóxicas no contato com a pele ou por ingestão.
percentual de exposição aceitável dependerá da toxicidade do agente químico. Por isso é importante avaliar caso a caso nessas situações.
3. Riscos biológicos
São riscos oriundos de agentes biológicos, ou seja, seres vivos que podem causar danos à saúde do colaborador na exposição direta ou indireta (por exemplo, presença de fungos em ambientes com mofo, sem o uso de respiradores com filtro).
Estão no rol de principais agentes do Grupo 3:
- Bactérias;
- Vírus;
- Fungos;
- Protozoários.
As medidas de proteção poderão variar de acordo com a patogenicidade do agente e, também, pelo tipo de exposição realizada no dia a dia de trabalho.
4. Riscos ergonômicos
No Grupo 4, temos os riscos ergonômicos. Apesar de não estarem diretamente relacionados com acidentes e risco de morte, eles também merecem bastante atenção no dia a dia de Segurança e Saúde do Trabalho (SST). Isso porque podem, sim, provocar acidentes de trabalho mais graves.
Por exemplo, um profissional que sofra de tendinite nos membros superiores poderá sofrer com enfraquecimento muscular na região. Se ela está carregando algum material mais pesado, poderá sentir uma dor repentina ou não suportar o peso e causar um acidente.
Assim, algumas questões relacionadas com os riscos ergonômicos são:
- Posturas inadequadas;
- Levantamento e transporte de peso;
- Jornadas prolongadas;
- Situações que levam a estresse físico, entre outros.
Para minimizar eventuais riscos dessa natureza, é fundamental fazer uma análise da ergonomia do espaço. Lembre-se que muitas pessoas solicitam afastamento do trabalho e, ainda, aposentadoria por invalidez por problemas ergonômicos. Por isso é fundamental manter atenção neste ponto.
5. Riscos acidentais
E o último grupo (Grupo 5) é o de riscos acidentais ou, em outro termo, os riscos mecânicos. Ou seja, trata-se de situações dinâmicas perigosas que podem colocar a integridade física dos profissionais em xeque.
Alguns dos riscos inseridos neste grupo são:
- Iluminação ruim;
- Operação de máquinas;
- Uso de equipamentos sem proteção;
- Estruturas de trabalho que não sejam adequadas para as práticas de trabalho;
- Situações de trabalho em altura sem equipamentos de proteção;
- Risco iminente de choque elétrico;
- Situações de incêndio;
- Riscos de explosão;
- Uso de máquinas pesadas.
Qual a relação da classificação com as atividades de segurança do trabalho?
Afinal, qual a relação entre classificação de risco e a área de SST? É a composição dessa classificação que auxiliará na formação do Mapa de Riscos Ocupacionais. Com isso, a visualização dos riscos auxiliará na conscientização dos profissionais em cada ambiente. Assim, cada risco deve ser registrado com uma cor:
- Riscos físicos: verde;
- Riscos químicos: vermelho;
- Riscos biológicos: marrom;
- Riscos ergonômicos: amarelo;
- Riscos de acidente: azul.
O mapa também é um instrumento importante para os profissionais de SST. Ao analisá-lo, é possível identificar quais são as maiores incidências e traçar estratégias caso a caso. Com isso, é possível ter uma prevenção de risco mais eficiente.
Lembre-se que isso deve ser uma prioridade independente da atividade do negócio. Com isso, é possível proporcionar um ambiente com melhores condições para os colaboradores. A partir dessas ações, outros benefícios são vistos, entre eles:
- Redução de afastamentos;
- Redução de custos com sinistralidade de plano de saúde e seguros;
- Aumento da produtividade;
- Profissionais mais seguros;
- Diminuição do número de acidentes;
- Valorização da empresa;
- Redução do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), entre outros pontos.
Assim, a classificação dos tipos de riscos ocupacionais é um ponto importante para uma gestão eficiente na área de Segurança do Trabalho. Por isso, não deixe de estar atento a essas questões ao trabalhar com SST.
Como falamos, o risco ergonômico é um ponto importante, mas alguns profissionais não dão a importância que deveriam para isso. Assim, se você tem dúvidas sobre o tema, preparamos um material imperdível para você. Leia e tire suas dúvidas.