O atendimento via telemedicina, que se tornou ainda mais viabilizado e utilizado devido à pandemia do novo coronavírus, ainda causa bastante desconfiança em alguns profissionais da área de saúde desnecessariamente. Afinal, ele gera diversos benefícios tanto para os pacientes quanto para o profissional, sem prejuízo da experiência.
Para muitos, ainda há uma série de mitos que permeiam a sua percepção sobre a adoção da telemedicina e, portanto, eles não conseguem aproveitar todos os seus benefícios. A seguir, apresentaremos os 4 principais que circulam, então, conheça-os e veja qual é a realidade da telemedicina. Boa leitura!
1. Ela não é efetiva para diagnósticos
Um primeiro mito é que o atendimento via telemedicina é útil para acompanhamentos de rotina e diagnósticos já realizados, mas que a distância impede que o profissional possa realizar um atendimento para a descoberta de problemas. Isso não é verdade.
Mesmo em casos nos quais, tradicionalmente, são feitos testes clínicos para a identificação de quadros, é possível que o profissional de saúde do trabalho possa conduzir o atendimento para resolver a questão. Por exemplo, é viável enviar dispositivos de acompanhamento de pressão arterial e batimentos cardíacos e ensinar o colaborador como fazer a mensuração.
2. O paciente não sente confiança na telemedicina
Ainda que o atendimento via telemedicina tenha sido visto com desconfiança em seu início, com o tempo, ele passou a ganhar a confiança dos pacientes de modo geral. E, na medicina do trabalho, não é diferente. Afinal, principalmente após a pandemia, percebemos que a inserção das tecnologias em nossas rotinas não é problemática — pelo contrário, é facilitadora.
3. Ela é restrita ao atendimento primário
Muitas pessoas acreditam também que a telemedicina só pode existir para o atendimento primário. Isso não é verdade. Quer ver um exemplo de como isso se aplica no cenário de Saúde e Segurança no Trabalho (SST)?
Um colaborador que está em um canteiro de obras, fora do centro urbano, passa por um acidente e não há médicos próximos que possam realizar o atendimento imediato. O profissional, por meio da telemedicina, pode guiar os trabalhadores próximos a prestarem os primeiros socorros até que ele possa ser conduzido para uma unidade de saúde.
4. Ela vai substituir a consulta presencial
Outro mito bastante comum, difundido principalmente por quem tem resistência a incorporar a telemedicina em suas rotinas, é que ela vai substituir a consulta presencial, com uma perda significativa de qualidade no atendimento. Isso não é verdade.
Ainda que ela seja útil para cenários como o atual, oferecendo uma boa resposta para os atendimentos, evitando deslocamentos, fato é que ainda há uma demanda muito forte pelos atendimentos presenciais. Afinal, muitas questões envolvem a presença do profissional (por exemplo, a realização de procedimentos imediatos). Portanto, fique tranquilo que isso não vai mudar!
Fato é que o atendimento via telemedicina tem cumprido um papel muito importante no período da pandemia, além de ser altamente vantajoso. Por exemplo, no contexto de SST, o profissional pode prestar um atendimento imediato para um colaborador que esteja trabalhando em um local remoto (como uma obra). Assim, há uma série de benefícios e, entre eles:
- a redução do tempo de ausência do colaborador no posto de trabalho;
- a ampliação das possibilidades de atendimento em locais remotos, que não tenham serviços médicos próximos;
- a possibilidade de troca de informações com outros profissionais por videoconferência, entre outros.
O cenário laboral tem mudado consideravelmente. E não é só o atendimento via telemedicina que tem sido um grande aliado nisso. Por exemplo, o trabalho remoto foi importante para garantir a continuidade das atividades. Por isso, é uma das grandes apostas que vêm para ficar no período pós-coronavírus.
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