Além de contribuir para o absenteísmo nas empresas, as dores nas costas e as suas derivações são recorrentes em diversas estatísticas de SST
Segundo um estudo da SulAmérica, a dor nas costas pode impactar de forma negativa na produtividade do colaborador. O levantamento ainda concluiu que, dependendo da intensidade da dor, a produtividade da pessoa afetada pode cair consideravelmente. Para gerar esses dados, o estudo coletou, entre maio de 2013 e maio de 2016, informações de mais de 13 mil segurados pela companhia. Destes, cerca de mil relataram problemas recorrentes na região das costas e, deste universo, 54% dos analisados disse sentir dificuldades de concentração durante o expediente.
O problema é tão grave, que uma das derivações dessas dores, a lombalgia, é responsável pela terceira maior causa de invalidez ocupacional no mundo. No Brasil, a Pesquisa Nacional da Saúde indica que 18,5% da população adulta brasileira, portanto 27 milhões de pessoas, sofre com alguma doença crônica na coluna. Recentemente, a Previdência Social liberou estatísticas que mostram as dores nas costas como líderes no ranking de afastamentos no primeiro semestre de 2016, o que representa mais de 24 mil absenteísmos no período analisado. E esse problema não é recente, já que as dores nas costas lideraram a lista de doenças que mais afastou trabalhadores do seu posto de trabalho em 2013.
As dores podem piorar a partir de várias vertentes, como estresse, sobrepeso ou tabagismo. Em casos mais graves, é possível que a repetição de movimentos, sobrecarga e a má postura gerem escolioses (encurvamento da coluna) ou até mesmo hérnias de disco. Dependendo da posição e da função do trabalhador, ainda é possível que sejam desenvolvidas outras doenças, como as LER/Dort, as Lesões por Esforço Repetitivo/Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Uma alternativa para evitar esse tipo de problema em empresas é estabelecer uma Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) que considere diversos aspectos, como os riscos diretos e indiretos ao qual o trabalhador está exposto. Em paralelo a isso, incentivar outras ações, como a Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho (SIPAT) ou a Ginástica Laboral, pode prevenir a incidência dessas doenças. Além da diminuição no índice de afastamento, as atividades relacionadas à SST ampliam as percepções do trabalhador, que tende a ficar cada vez mais consciente e aplicar os conhecimentos também na vida pessoal.