O Ministério do Trabalho, em 2016, relatou que 40% dos acidentes ocupacionais ocorridos no Brasil tinham alguma relação com a altura em que o colaborador se encontrava durante a ocorrência. Para aumentar a segurança das pessoas que trabalham nessas condições, existem diversos tipos de equipamentos para prevenir os famigerados acidentes no trabalho em altura.
A escolha do melhor equipamento para cada situação é importante para evitar acidentes e até o risco de morte. Esse motivo faz com que trabalhar em altura acabe gerando muita preocupação e desconforto aos colaboradores que precisam enfrentar esse desafio, já que pequenos erros podem ser fatais. E, em muitos casos, o erro pode acontecer principalmente pela falta de informações e de supervisão adequada das atividades.
O trabalho em altura é um tipo de atividade tão preocupante para toda a sociedade que conta até com uma Norma Regulamentadora específica. É a Norma Regulamentadora 35. Continue sua leitura para descobrir tudo sobre esse assunto!
O que é a Norma Regulamentadora 35?
Chamada pela sigla NR 35, essa norma apresenta as principais medidas a serem tomadas pelos colaboradores para preservar sua integridade física e garantir a segurança no trabalho em altura. A supervisão e a gestão devem estar atentas a essas normas, pois infringi-las é colocar os trabalhadores em risco!
São considerados atividades em altura, pela NR, os trabalhos executados acima de 2 metros. Se não houver o cumprimento efetivo da Norma Regulamentadora 35, o empregador (ou a empresa) pode receber multas e interdições. A multa pode variar entre R$ 402,23 e R$ 6.078,09, dependendo do porte da empresa e da gravidade da infração.
Quais são as medidas preventivas para o trabalho em altura?
Tanto os empregadores quanto os funcionários precisam tomar certas medidas para evitar os acidentes de trabalho. Vamos entender algumas delas, de responsabilidade dos empregadores:
- realização de treinamentos periódicos para os colaboradores que atuam nesses ambientes;
- implementação das medidas preventivas;
- respeito pelas diretrizes da NR 35;
- aquisição de Equipamentos de Proteção Individual específicos e de qualidade para atividades em altura, sempre com atenção à validade de cada equipamento individualmente;
- planejamento de ações que precisam ser tomadas antes do início das atividades.
Além do empregador, o trabalhador também precisa estar atento, já que é ele quem está se arriscando. Veja alguns cuidados:
- estar sempre presente nos treinamentos oferecidos pela empresa;
- inspecionar cada equipamento utilizado, antes e depois de cada atividade. A atenção ao prazo de validade também é necessária;
- guardar e conservar da forma correta cada EPI utilizado após seu uso;
- utilizar o EPI da melhor forma possível e nunca o esquecer durante as atividades que apresentem qualquer tipo de risco.
Quais são os acidentes mais comuns em altura e suas principais causas?
As causas de acidentes em altura estão diretamente ligadas aos principais acidentes de trabalho. E, muitas vezes, infelizmente, são fatais, seja por conta da queda que o trabalhador sofreu, podendo ter diversas batidas até alcançar o solo, seja por atingir locais do corpo que são mais sensíveis, como a cabeça.
Entre alguns dos acidentes mais comuns, podemos encontrar:
- acidentes que envolvem escadas;
- montagem inadequada de andaimes;
- operação incorreta de plataformas elevatórias;
- queda de materiais em colaboradores exercendo atividade em solo.
Esses são apenas alguns exemplos de situações que podem ocorrer no cotidiano de qualquer empresa — mas por que esses acidentes acontecem?
Há alguns requisitos que um trabalhador que exerce atividades em altura precisa ter. Três fatores básicos são: condicionamento físico, psicológico e conhecimento técnico. Listamos, a seguir, algumas das principais causas de acidentes em altura. Confira!
Falta de planejamento adequado da tarefa consideravelmente perigosa
Antes de executar qualquer tarefa acima do nível do solo, é necessário planejamento para evitar riscos desnecessários, sempre. Estudar e observar o local de trabalho para saber quais equipamentos serão necessários para a execução da tarefa e se os equipamentos estão em boas condições é essencial.
Também é importante considerar o tempo que será necessário para executar a tarefa. Se houver qualquer dúvida, é preciso consultar supervisores e especialistas capacitados da área de segurança.
Desconsideração dos Equipamentos de Proteção Individual pelos trabalhadores
Os EPIs são indispensáveis para quem vai trabalhar em altura, pois eles minimizam os riscos de acidentes. Alguns exemplos de EPIs são: cinto de segurança, capacete e luvas.
A desobediência aos protocolos de segurança pode causar acidentes graves, capazes de colocar em risco a vida do próprio trabalhador. A falta de conscientização sobre os riscos envolvidos é um problema sério, pois muitas vezes os trabalhadores não estão cientes dos perigos a que estão expostos durante suas atividades.
Quando o assunto é o trabalho em altura, a legislação exige o uso de equipamentos tanto coletivos quanto individuais. Os equipamentos devem ser certificados e estar em bom estado, além de dentro da validade. A falta ou o uso inadequado dos equipamentos podem acarretar sérios riscos para o trabalhador.
Falta de treinamento adequado
A falta de treinamento sobre os riscos do trabalho em altura é uma das principais causas dos acidentes. É importante que todos os colaboradores recebam treinamento adequado para as atividades que vão desenvolver. Isso inclui o conhecimento técnico da função e do manuseio correto dos equipamentos utilizados.
Além disso, é ilegal a falta de treinamento para trabalhadores que realizam trabalhos em altura. Ainda, a falta de treinamento pode acarretar tragédias fatais, já que os colaboradores não terão conhecimento sobre os equipamentos e não saberão como agir. É obrigação da empresa promover programas de capacitação com carga horária mínima de 8 horas para esses casos.
Trabalho em excesso
É importantíssimo que o trabalhador esteja em bom estado para realizar as atividades. A carga horária de trabalho deve ser respeitada para não haver sobrecarga. Trabalhos em altura envolvem condições extremas, assim, o colaborador precisa de seu condicionamento físico e mental equilibrado.
Além do perigo de realizar atividades perigosas, como aquelas exercidas nas alturas, o excesso de trabalho pode causar diversos problemas para o funcionário, tanto físicos quanto mentais. Entre eles, podemos citar a fadiga, dores nas costas, nos membros e cãibras, oferecendo um risco real ao colaborador.
Como vimos, os acidentes em altura estão diretamente ligados aos principais acidentes de trabalho, sendo muitas vezes fatais. A falta de planejamento adequado da tarefa, a desconsideração dos Equipamentos de Proteção Individual pelos trabalhadores, a falta ou o uso inadequado dos equipamentos e a ausência de treinamento adequado são algumas das principais causas dos acidentes.
O excesso de trabalho também pode colocar o funcionário em risco, pois pode causar diversos problemas para o funcionário, tanto físicos quanto mentais. Assim, é preciso atentar para os riscos de acidentes no trabalho em altura e tomar as devidas precauções, obedecendo as leis e as normas estabelecidas.
Sua empresa precisa de ajuda com os treinamentos? As soluções SOC otimizam a gestão da sua organização, atendendo à risca as novas normas e legislações trabalhistas. Saiba mais: entre em contato com um de nossos especialistas agora mesmo!
Gostou do conteúdo? Confira outros artigos interessantes:
» Entenda a diferença entre risco e perigo no trabalho
» Quais são as cores dos riscos ocupacionais? Confira
» O que é taxa de frequência e gravidade? Entenda como calcular na empresa