Por quantas ameaças os seus colaboradores passam ao longo das jornadas? E a empresa? Quantas possibilidades de problemas existem no dia a dia? Você consegue, hoje, saber todos eles? Se a resposta for “não”, é importante rever isso.
A gestão de riscos operacionais precisa ter um lugar de destaque na Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Então, confira a seguir, alguns pontos que merecem a sua atenção sobre o tema, com um passo a passo imperdível. Boa leitura!
1. Faça o levantamento das ameaças
Para começar a gestão de riscos, é importante que você identifique quais são eles no dia a dia. Afinal, sem esse conhecimento, você poderá deixar questões importantes de lado.
Por isso, é fundamental fazer uma avaliação completa na empresa e verificar todos os itens que, de alguma forma, podem representar algum tipo de risco, seja para os colaboradores, seja para o negócio como um todo.
Mesmo aqueles que parecem gerar impactos pequenos devem ser listados. Quanto mais completa e minuciosa essa fase for, melhores serão as etapas posteriores. A partir disso, torna-se mais fácil identificar e analisar as ameaças.
2. Estabeleça uma classificação
Você deve, também, classificá-los, segundo as ocorrências encontradas no item anterior. Para isso, é importante que você crie classificações de acordo com:
- as causas de eventuais problemas (se são por motivos internos ou externos);
- a natureza das ameaças (tecnológica, física, financeira, ambiental, social, legal etc.).
Com isso, é possível avaliar quais são as suas fontes e, assim, torna-se mais fácil identificar como minimizá-los ou, ainda, impedir que eles ocorram. Isso é fundamental para uma gestão eficiente.
3. Avalie os riscos
Além da classificação, para que a gestão de riscos operacionais seja eficiente, é fundamental olhar para duas questões importantes:
- Qual é a probabilidade de ocorrência?
- Qual é o impacto da ocorrência da ameaça?
Além disso, você pode observar critérios de urgência e de emergência para identificar quais precisam de uma intervenção mais imediata porque poderão gerar impactos mais profundos no dia a dia. Para isso, é possível classificá-los em:
- urgente e emergente: casos que, quando algo efetivamente ocorre, pode trazer consequências graves para a empresa, precisando de uma intervenção rápida;
- urgente e não emergente: há a necessidade de uma intervenção o quanto antes, mas as consequências não são tão graves para o negócio e para os envolvidos;
- não urgente e emergente: não precisa ser solucionado rapidamente, mas as suas consequências podem ser severas para a empresa e para os envolvidos;
- não urgente e não emergente: casos mais simples, nos quais as consequências geram menos impactos e as chances de ocorrência são pequenas.
Assim, é possível classificar quais são aquelas que necessitam de intervenção mais imediata e quais podem ser observadas. Com isso, torna-se mais fácil definir prioridades.
4. Crie um mapa de avaliação
Para tornar isso ainda mais visível, tanto para você quanto para os colaboradores, é fundamental criar um mapa de avaliação de riscos com as classificações que listamos acima. Assim, todos os envolvidos conseguem visualizar e conseguem se conscientizar sobre os cuidados que devem ser tomados.
Essa visão gráfica é uma forma de tornar essas questões mais bem compreendidas no dia a dia, bem como de oferecer um insight importante: a pessoa precisa seguir tudo que foi ensinado nos treinamentos no cotidiano. Quer ver um exemplo?
Vamos supor que ocorra, em um trabalho em altura, uma eventual chance de queda em uma determinada atividade e que isso possa gerar risco de morte. Nesse caso, ao ser notificado, o colaborador pode estar mais atento e ter um comportamento mais prudente na execução das suas atribuições.
5. Defina como proceder nesses casos
Outro passo importante para a gestão de riscos é definir também o que fazer nos casos em que ele se torna real e, portanto, coloca em xeque a empresa (mesmo que envolva prejuízos pequenos). Isso porque, muitas vezes, ações equivocadas podem gerar justamente um agravo na situação, tornando algo simples ainda mais complexo.
Voltemos ao exemplo do risco de queda. Vamos supor que um colaborador sofra uma queda e tenha uma fratura, além de ter batido a cabeça no processo. Se os demais presentes não souberem como proceder ao tentarem manipular a vítima do acidente, poderão estender ainda mais os danos causados e prejudicar a saúde da pessoa.
Quando eles são treinados, conseguem saber como agir e, assim, garantem a segurança daquele acidentado. Isso vale para as mais diferentes situações relacionadas com a Saúde e a Segurança do Trabalho (SST) no dia a dia.
6. Realize o monitoramento das ameaças
Outro ponto importante é também realizar o monitoramento no dia a dia. Afinal, será que as ações de mitigação estão sendo, de fato, eficientes? Ou será que o efeito vem sendo o oposto do esperado? Se sim, o que pode ser adaptado ou impulsionado para melhorar a situação?
Isso é fundamental, principalmente, para avaliar a eficácia das medidas tomadas previamente. Por exemplo, os treinamentos, no formato realizado, estão minimizando os pontos de vulnerabilidade ou há alguma falha no processo que ainda impede a compreensão deles sobre como proceder de forma adequada?
Se há algo que não está claro durante o curso, é possível mudar essas questões e, assim, minimizar os efeitos sobre os dados de acidentes, potencializando uma gestão de riscos mais eficiente.
7. Conte com soluções que deem suporte a isso
Tudo que falamos ao longo deste artigo pode ser otimizado ao utilizar uma solução especializada em gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Por meio dela, é possível registrar as ameaças, analisar as questões em que ocorreram melhoras, identificar quais as metas estabelecidas de mitigação que não foram alcançadas, entre outros.
Como o sistema permite também acompanhar as métricas importantes relacionadas com a gestão de riscos operacionais, os profissionais podem reconhecer exatamente as áreas em que devem intervir. Por isso, é fundamental ter um bom fornecedor de soluções dessa natureza.
Você deve saber como fazer uma boa gestão de riscos operacionais nas empresas. Caso contrário, as consequências podem ser severas. Entre elas, estão:
- o aumento no afastamento dos colaboradores;
- o aumento dos índices de turnover;
- a elevação de prejuízos com acidentes de trabalho;
- as perdas de materiais;
- a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outras.
A gestão de riscos operacionais é, como visto, uma forma de trazer maior segurança para os colaboradores ao mesmo tempo em que fornece insumos importantes para os gestores conseguirem minimizar as falhas que comprometem o dia a dia nas organizações. Por isso, adotar essas dicas listadas acima pode auxiliar você a ter melhores resultados.
É fundamental, portanto, estar atento ao que pode causar problemas ao negócio. Inclusive, um dos elementos que merecem atenção é a ergonomia no trabalho. Saiba mais sobre isso no nosso outro artigo e tire as suas dúvidas.