Qual o papel do médico do trabalho diante da pandemia do coronavírus? Como se adaptar às novas práticas e procedimentos que surgiram? Entenda qual a função da medicina do trabalho nesse contexto:
Desde o início de 2020, o mundo sofre os efeitos da pandemia global causada pela expansão da Covid-19. Empresas e profissionais têm de se adaptar ao “novo normal” no mercado, e a área de Medicina do Trabalho não é exceção.
Agora, os esforços são voltados à contenção do vírus, por meio do distanciamento social e medidas preventivas. Mas, e depois? Você já pensou em qual é o seu papel diante dessa situação global?
Neste artigo, falamos um pouco sobre como esse cenário está afetando a Medicina do Trabalho e como melhor se adequar ao novo quadro.
Efeitos da pandemia na Medicina do Trabalho
O novo coronavírus é uma doença que pode causar síndromes respiratórias graves e, até então, não há um medicamento comprovadamente eficaz para combatê-lo. Contudo, centenas de vacinas estão sendo testadas em vários países.
Enquanto não temos uma solução efetiva, permanecemos mais reclusos e tomando todos os cuidados necessários para evitar maiores taxas de transmissão. Uso de máscaras e álcool gel em todos estabelecimentos comerciais passou a ser obrigatório, assim como a atenção ao distanciamento de 1,5m entre indivíduos em uma fila, por exemplo.
São inúmeras pequenas mudanças que já fazem parte do dia a dia de todos. Para os profissionais da Medicina do Trabalho, cuja especialidade médica é a prevenção e tratamento de doenças ligadas às atividades de trabalho, os cuidados se estendem ainda mais.
Em primeiro lugar, são os médicos do trabalho que realizam a triagem de trabalhadores, avaliando a necessidade de afastamento ou encaminhamento para testagem e hospitais.
Como fazem parte da primeira frente de contato com possíveis casos de contaminação, devem estar sempre protegidos por Equipamento de Proteção Individual (EPIs), lavar as mãos e higienizar o local de trabalho constantemente.
É dever do profissional de Medicina do Trabalho fazer o acompanhamento de casos de Covid-19 dentro da empresa, nos casos de afastamento por 14 dias, além de verificar e notificar qualquer caso de sintomas gripais.
Também são os médicos do trabalho que fazem o levantamento de trabalhadores em grupos de risco e encaminham toda a documentação necessária aos funcionários.
Em conformidade com as orientações do Ministério da Saúde, os profissionais da Medicina do Trabalho devem, acima de tudo, orientar e educar os demais trabalhadores em relação às medidas protetivas a serem tomadas durante o turno de trabalho e, também, em suas casas.
A TeleMedicina do Trabalho
Já o atendimento remoto está previsto na Portaria MS 467/2020, que dispõe sobre as novas práticas de Telemedicina. Médicos do trabalho podem, assim, criar um cronograma próprio de atendimento à distância para teletriagem, teleorientação ou teleconsulta com pacientes. Além disso, o Conselho Federal de Medicina permite teleinterconsultas entre profissionais, para a discussão de sintomas e diagnósticos.
Dessa forma, tanto os que trabalham em clínicas de Medicina do Trabalho quanto quem é vinculado a empresas podem realizar procedimentos remotos por meio das ferramentas tecnológicas disponíveis. O MEUSOC, por exemplo, é uma ferramenta que permite a realização de videochamadas com funcionários, além de:
– Enviar documentações;
– Agendar consultas;
– E demais funções.
Para tanto, a clínica ou empresa a qual o médico está vinculado deve ter um canal próprio de Comunicação Interna, seja via sistema web ou aplicativos de smarthphones. Assim, o médico pode ter informações e contatos disponíveis e os trabalhadores têm um canal direto com o serviço de saúde ocupacional.
O eSOCial é o primeiro software de gestão ocupacional com certificado ISO 27001, o que garante confiança e qualidade. Além de completa integração com outros sistemas, o eSOCial garante privacidade e consistência dos dados, permitindo análise antes de enviá-los ao Governo.
Para a Medicina do Trabalho, uma coisa é certa: agora é mais importante que nunca manter os trabalhadores bem informados sobre as mudanças que estão ocorrendo dentro e fora da empresa.
Além de manter atualizado os dados de cada funcionário e constante monitoramento de casos suspeitos, é essencial que o médico mantenha contato com os trabalhadores e os eduque a respeito das medidas preventivas.
Nesse processo, entra a regulamentação das empresas de acordo com as medidas requeridas em cada cidade e/ou estado brasileiro. As ordens são variáveis e distintas, de acordo com a cor da bandeira (amarela, laranja, vermelha ou preta) e a progressão de casos na região.
“Novo normal” da Medicina do Trabalho
Assim como em toda a área da saúde, o tal “novo normal” da Medicina do Trabalho inclui o uso de EPIs que, apesar das dificuldades com escasseamento de produtos, é fundamental para a integridade dos profissionais. Então, as máscaras e luvas não irão embora tão cedo, mesmo com a eminência do desenvolvimento de uma vacina realmente eficaz.
Além disso, a normalidade do ambiente de trabalho também foi alterada. Profissionais devem estar atentos aos funcionários em regime de home office e os que foram ou devem ser afastados por licença médica, seja pelos 14 dias determinados para a manifestação de sintomas, seja por um período maior em caso de confirmação positiva do vírus.
Médicos do trabalho devem estar ainda mais atentos às normas e políticas de SST para afastamento e como diminuir custos com o FAP e seus procedimentos. A tendência global é que cada vez mais a Medicina, de forma geral, utilize mais dados e procedimentos informatizados na hora do agendamento e atendimento de pacientes.
Com a prática da Telemedicina, a tecnologia permite que o paciente seja examinado, muitas vezes, sem nunca ter contato presencial com o médico.
Em contraste com as estruturas rígidas, a descentralização de ambientes e procedimentos faz com que os grandes hospitais e clínicas tenham de delegar tarefas. Estruturas adaptáveis como os hospitais de campanha e consultas em domicílio mostram que é, sim, possível pensar em novas formas de atendimento.
Além disso, a colaboração entre profissionais se mostra mais do que necessária, mas fundamental em um momento de crise. A troca de informações se mostrou uma técnica que acelera o progresso das pesquisas e hoje, mais do que nunca, precisamos pensar de forma coletiva ao invés de individual.
Enfim, a Medicina do Trabalho, como todas as demais áreas, vem se adaptando a esse novo cenário mundial. É desafiador mudar conceitos e práticas tradicionais, mas sem adaptação não poderemos caminhar para frente.
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