Em situações de muito estresse, o corpo libera diversas substâncias na corrente sanguínea e uma delas é o cortisol, um hormônio ligado às doenças do coração
Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, o estresse é um dos maiores inimigos do coração, pois pode desencadear uma série de reações químicas no corpo que facilitam a incidência de doenças cardiovasculares. A cada vez que o corpo humano passa por uma situação de ansiedade e nervosismo, são liberados diversos hormônios que podem provocar sérios problemas de saúde, principalmente para o coração. Essas substâncias funcionam como uma bomba, prejudicando a saúde das pessoas, principalmente no caso daquelas que já foram diagnosticadas com o problema ou para as com alguma tendência para desenvolver esse tipo de doença.
A pesquisa analisou mais de 800 voluntários, todos acima dos 65 anos e com histórico de problemas cardíacos por três anos. Durante esse período cerca de 180 pessoas morreram e em todas elas, foi encontrada uma quantidade muito maior do que a esperada de cortisol, um dos hormônios liberados em situações de estresse. Após a análise de todos esses resultados, o estudo concluiu que o aumento desse hormônio está diretamente ligado às complicações cardiovasculares. Além disso, a pesquisa também alertou que o cortisol quase não afeta a saúde daqueles que não tem doenças cardiovasculares, mas para os que têm histórico da doença, a presença do hormônio na corrente sanguínea pode elevar o risco de morte em até cinco vezes.
Para se prevenir das doenças cardíacas, o estudo indica que é essencial incorporar à rotina hábitos mais saudáveis, como por exemplo adotar uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente, dormir sem a interferência de ruídos, estar no peso ideal e não fumar. Essas medidas também contribuem para diminuir a incidência das doenças isquêmicas do coração, uma das doenças que mais afastou os trabalhadores. É importante ressaltar que o estresse também pode prejudicar outras áreas da saúde, como o aumento de dores nas costas, desenvolvimento de transtornos de humor e até de depressão laboral. No ano passado, uma pesquisa concluiu que o brasileiro foi considerado o profissional mais estressado do mundo e, de acordo com o Ministério da Previdência Social, entre 2010 e 2014 os afastamentos por estresse e dificuldades de adaptação aumentaram em 41,9%.
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